sábado, 30 de janeiro de 2010

QUERER DEUS

O Livro de Jeremias começa por recordar que Deus precisa do Profeta: "Antes de te formar no ventre materno, Eu te escolhi; antes que saísses do seio de tua mãe, Eu te consagrei e te constituí profeta entre as nações."

Isto faz-me lembrar um jovem que há pouco tempo me dizia abertamente:
- Eu não preciso de padres para nada. Eu cá tenho a minha fé e basta. Da Igreja também não preciso.
Com igual sinceridade procurei esclarecê-lo:
- Parece-me que estás enganado. Dizes que não precisas dos Padres mas olha que estás a ser superior a Deus pois Ele precisa dos Padres e da Igreja. Portanto, Deus também precisa de ti.
- Se é assim então Deus não é perfeito. Se Lhe falta qualquer coisa, deixa de ser Deus.
- Ele precisa de mim e de ti, não por se sentir limitado ou carenciado. Ele precisa da Igreja porque esta precisa de Deus. Se Deus precisa de mim é porque eu preciso de Deus, mais não seja para continuar a ser quem sou. Quando eu preciso de alguém, essa pessoa também necessita de mim para continuar a ser quem é.
Ó Deus, que mistério insondável! Tu escolheste-me, tu precisas de mim...

E fico a pensar que precisas de mim apenas para me lembrares que afinal sou eu que preciso de Ti.



(Pe. José David Quintal Vieira)
(retirado de http://www.dehonianos.org)

4º DOMINGO DO TEMPO COMUM

4º DOMINGO DO TEMPO COMUM
Ano C
31 de Janeiro de 2010

O tema da liturgia deste domingo convida a reflectir sobre o “caminho do profeta”: caminho de sofrimento, de solidão, de risco, mas também caminho de paz e de esperança, porque é um caminho onde Deus está. A liturgia de hoje assegura ao “profeta” que a última palavra será sempre de Deus: “não temas, porque Eu estou
contigo para te salvar”.
A primeira leitura apresenta a figura do profeta Jeremias. Escolhido, consagrado e constituído profeta por Jahwéh, Jeremias vai arrostar com todo o tipo de dificuldades; mas não desistirá de concretizar a sua missão e de tornar uma realidade viva no meio dos homens a Palavra de Deus.
O Evangelho apresenta-nos o profeta Jesus, desprezado pelos habitantes de Nazaré (eles esperavam um Messias espectacular e não entenderam a proposta profética de Jesus). O episódio anuncia a rejeição de Jesus pelos judeus e o anúncio da Boa Nova a todos os que estiverem dispostos a acolhê-la – sejam pagãos ou judeus.
A segunda leitura parece um tanto desenquadrada desta temática: fala do amor – o amor desinteressado e gratuito – apresentando-o como a essência da vida cristã. Pode, no entanto, ser entendido como um aviso ao “profeta” no sentido de se deixar guiar pelo amor e nunca pelo próprio interesse… Só assim a sua missão fará sentido.


(retirado de http://www.dehonianos.org)

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

A Sogra

"A pessoa que ama os outros também será amada." Provérbio Chinês

Reza uma antiga lenda chinesa que uma jovem chamada Lin, após o casamento foi viver com o marido na casa da sogra. Depois de algum tempo, constatou que não se adaptava à sogra.
Personalidades muito diferentes e Lin irritava-se com os hábitos da sogra, que criticava cada vez mais com insistência.
Com o passar dos meses, as coisas foram piorando, a ponto de a sua vida se tornar insuportável. No entanto, segundo as tradições antigas da China, a nora tem que estar sempre ao serviço da sogra e obedecer-lhe em tudo.
Mas Lin, não suportando por mais tempo a ideia de viver com a sogra, tomou a decisão de ir consultar um Mestre, velho amigo do seu pai.
Depois de ouvir a jovem, o Mestre Huang pegou num ramo de ervas medicinais e disse-lhe:
- “Para te livrares da tua sogra, não as deves usar de uma só vez, pois isso poderia causar suspeitas. Vais misturá-las com a comida, pouco a pouco, dia após dia, e assim ela vai sendo envenenada lentamente.
Mas, para teres a certeza de que, quando ela morrer, ninguém suspeitará de ti, deverás ter muito cuidado em tratá-la sempre com muita amizade. Não discutas e ajuda-a a resolver os seus problemas”.
Lin respondeu: "Obrigado, Mestre Huang, farei tudo o que me recomenda”.
Durante várias semanas Lin serviu, dia sim, dia não, uma refeição preparada especialmente para a sogra.
E tinha sempre presente a recomendação de Mestre Huang para evitar suspeitas: controlava o seu temperamento, obedecia à sogra em tudo e tratava-a como se fosse a sua própria mãe.
Passados seis meses, toda a família estava mudada. Durante estes meses, não teve uma única discussão com a sogra, que também se mostrava muito mais amável e de mais fácil trato.
As atitudes da sogra também mudaram e ambas passaram a tratar-se como mãe e filha. Certo dia, Lin foi procurar o Mestre Huang, para lhe pedir ajuda e disse-lhe:
“Mestre, por favor, ajude-me a evitar que o veneno venha a matar a minha sogra. É que ela transformou-se numa mulher agradável e gosto dela agora como se fosse a minha mãe. Não quero que ela morra por causa do veneno que lhe dou.”
Mestre Huang sorriu e abanou a cabeça: “Lin, não te preocupes. A tua sogra não mudou. Quem mudou foste tu. As ervas que te dei são vitaminas para melhorar a saúde. O veneno estava nas tuas atitudes, mas foi sendo substituído pelo amor e carinho que lhe começaste a dedicar”.

 (http://jorgecoutinho.blogspot.com/2009/06/new-smile-new-life-61.html)

sábado, 23 de janeiro de 2010

A LUZ DA PALAVRA


As vossas palavras, Senhor, são espírito e vida, são a luz do meu caminho que tudo ilumina e clarifica.
Um dia desafiei seis crianças a fazerem uma fogueira com uma lente, captando os raios do sol. As lentes eram iguais, o sol era o mesmo mas só uma delas conseguiu acender:
A primeira não alinhava a lente com o sol. Olhava para os outros lados menos para cima, em direcção do sol.
Outra, alinhava bem a lente, mas esta estava suja e os raios do sol não a podiam atravessar.
Outra não era calma. Estava sempre a mover a lente de modo que o foco não se fixava num só ponto, apesar de bem orientada e limpa.
Outra era calma, tinha a lente impecavelmente limpa, mas era precipitada, tinha pressa e não dava tempo a que o foco aquecesse.
Outra era calma, tinha a lente limpa, era paciente mas não tinha preparado a lenha que estava verde ou húmida.
Finalmente uma conseguiu acender o fogo visto que era muito cuidadosa.
Assim, os raios do sol são a Palavra de Deus e a lente é a nossa vontade ou dedicação.
Para acender a nossa fé são precisas várias condições:
Colocar-se na direcção correcta, ter o coração puro, incidir a atenção e não vaguear, ser paciente e dar tempo ao tempo e ter o seu terreno bem preparado.


Pe. José David Quintal Vieira, scj
(http://www.dehonianos.org)

3º DOMINGO DO TEMPO COMUM

3º DOMINGO DO TEMPO COMUM
Ano C
24 de Janeiro de 2010


A liturgia deste domingo coloca no centro da nossa reflexão a Palavra de Deus: ela é, verdadeiramente, o centro à volta do qual se constrói a experiência cristã. Essa Palavra não é uma doutrina abstracta, para deleite dos intelectuais; mas é, primordialmente, um anúncio libertador que Deus dirige a todos os homens e que incarna em Jesus e nos cristãos.

Na primeira leitura, exemplifica-se como a Palavra deve estar no centro da vida comunitária e como ela, uma vez proclamada, é geradora de alegria e de festa.

No Evangelho, apresenta-se Cristo como a Palavra que se faz pessoa no meio dos homens, a fim de levar a libertação e a esperança às vítimas da opressão, do sofrimento e da miséria. Sugere-se, também, que a comunidade de Jesus é a comunidade que anuncia ao mundo essa Palavra libertadora.

A segunda leitura apresenta a comunidade gerada e alimentada pela Palavra libertadora de Deus: é uma família de irmãos, onde os dons de Deus são repartidos e postos ao serviço do bem comum, numa verdadeira comunhão e solidariedade.

(http://www.dehonianos.org)

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Dia de São Vicente

São Vicente, Mártir
22 de Janeiro



São Vicente é um dos três grandes diáconos que deram sua vida por Cristo. Junto com Lourenço e Estevão Corona, Laurel e Vitória forma o mais insigne triunvirato. Este mártir celebrado por toda a Cristandade, encontrou sua panegirista em Santo Agostinho, São Leão Magno e Santo Ambrósio.

Vicente descendia de uma família consular de Huesca, e sua mãe, segundo alguns, era irmã do mártir São Lourenço. Estudou a carreira eclesiástica em Saragoça, ao lado do bispo Valero, quem por sua falta de facilidade de expressão, o nomeou primeiro diácono para supri-lo na sagrada cátedra.

Paralelamente, o imperador Diocleciano havia decretado uma das mais cruéis perseguições contra a Igreja, e que foi aplicado por Daciano na Espanha. Os cárceres, que estavam reservados antes para os delinquentes comuns, logo se encheram de bispos, presbíteros e diáconos. Ao passar Daciano por Barcelona, sacrifica São Cucufate e a menina Santa Eulália. Quando chega a Saragoça, manda deter o bispo e seu diácono, Valero e Vicente, e transferidos a Valência. Ali ocorreu o primeiro interrogatório. Vicente responde pelos dois, intrépido e com palavra ardorosa.

Daciano se irrita, manda Valero ao desterro, e Vicente é submetido à tortura do potro. Seu corpo é desgarrado com unhas metálicas. Enquanto o torturavam, o juiz intimava o mártir à abjuração.

Vicente rejeitava, indignado, tais oferecimentos. Daciano, desconcertado e humilhado perante aquela atitude, oferece-lhe o perdão se lhe entregasse os livros sagrados. Mas a valentia do mártir é inexpugnável Exasperado novamente o Prefeito, mandou aplicar-lhe o supremo tormento, colocá-lo sobre um leito de ferro incandescente. Nada pode abater a fortaleza do mártir que, recordando a seu amigo São Lourenço, sofre o tormento sem se queixar e gracejando entre as chamas. O atiraram então a um calabouço sinistro, escuro e fétido "um lugar mais negro que as próprias trevas", diz Prudêncio. Em seguida apresenta o poeta um coro de anjos que vem consolar o mártir. Iluminam o antro horrível, cobrem o chão de flores, e alegram as trevas com suas harmonias. Até o carcereiro, comovido, converte-se e confessa a Cristo. Daciano manda curar o mártir para submetê-lo novamente aos tormentos. Os cristãos se apressam para curá-lo. Mas apenas colocado em um leito, deixa o tirado frustrado, pois o espírito vencedor de Vicente voa ao paraíso. Era o mês de janeiro de 304.

Após o martírio, o corpo de Vicente teria sido atirado aos animais, mas foi protegido por um corvo de ser devorado. Esta protecção teria sido vista pelos cristãos como um milagre, foi-lhe erguida em homenagem, uma igreja, e Vicente passou a ser cultuado como santo.

Com o fim do Império Romano, a Península Ibérica sofreu a invasão dos mouros. Durante a época desta invasão, os muçulmanos, em 713, puseram o corpo de São Vicente num barco e deixaram-no à deriva no mar. O barco, levando as relíquias do martirizado, foi dar ao Promontorium Sacrum (Promontório Sacro, Cabo de Sagres, Portugal), que se passou a chamar Cabo de São Vicente. Os cristãos que aí viviam sob o domínio dos mouros, recolheram o corpo, transportando-o para uma ermida erguida em sua homenagem. Durante alguns séculos o culto a São Vicente alastrou-se por todo o território que seria futuramente o reino de Portugal.

Dom Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal, foi quem decidiu resgatar o corpo de São Vicente aos sarracenos, que dominavam Sagres nessa época. Sob as ordens de Dom Afonso Henriques, as relíquias do santo foram levadas para Lisboa. Diz a tradição da lenda que, quando o corpo seguiu no barco, dois corvos o acompanharam a velar-lhe. As relíquias, transferidas de Sagres para uma igreja fora das muralhas de Lisboa, geraram uma intensa veneração dos habitantes daquela cidade por São Vicente, que em 1173, foi proclamado o santo padroeiro de Lisboa. O corvo, ave da lenda do santo martirizado em Valência, foi adoptado como símbolo do brasão de Lisboa, permanecendo até os dias actuais.

São Vicente é representado como jovem diácono ou “levita”. Tem uma mó, uma grelha com puas, instrumentos da sua tortura como atributos; e ainda um corvo, um modelo de navio e cacho de uvas, pois é padroeiro dos vinhateiros; ocasionalmente, uma tesoura de poda e uma podoa, pela mesma razão. A sua mão pousa sobre um pipo de vinho ou uma selha com uvas.

  

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

O CARPINTEIRO


Havia um carpinteiro que estava prestes a chegar ao dia da sua reforma. Contou ao seu patrão os planos de deixar a carpintaria e, a construção de casas, e viver uma vida mais tranquila com a sua família. Claro que iria sentir a falta do seu vencimento, mas tinha chegado a hora de ter mais disponibilidade para si e para a sua família. Iria aproveitar a reforma para lhes dedicar mais tempo e mais atenção. O dono da empresa sentiu pena em saber que ia perder um dos melhores elementos da equipa e, como último trabalho pediu-lhe, como um favor especial, que construísse uma última casa. O carpinteiro aceitou, mas os seus pensamentos e o seu coração já não estavam no trabalho. Como tal, não se empenhou na construção e utilizou de mão de obra e matérias primas de qualidade inferior. O que interessava era concluir rápido esta sua última construção! Que maneira lamentável de terminar a sua carreira…
Quando terminou, o construtor veio inspeccionar a casa e entregou a chave da porta ao carpinteiro.
- Esta casa é sua! - disse. É um presente meu para si...
Naquele instante o carpinteiro sentiu uma enorme vergonha! Se ele soubesse que estava a construir sua própria casa, teria feito tudo diferente… Agora iria ter que morar numa casa feita de “qualquer maneira”…


Pensa em ti como o carpinteiro. Pensa sobre a tua “casa”. Cada dia martela um prego novo, coloca uma estrutura ou levanta uma parede. Constrói com todo o teu querer e com todo o teu saber.

A VIDA hoje é o resultado de atitudes e escolhas feitas no passado. A VIDA amanhã vai ser o resultado das atitudes e das escolhas feitas hoje. Que atitudes podes tomar já hoje? AGORA? Que escolhas podes fazer já hoje? AGORA?

Constrói a tua VIDA de forma concentrada e cuidada, em acção mais do que em reacção, a desejar colocar mais do que menos, e dá o teu melhor nos assuntos importantes.

(http://historiasqueficaram.blogspot.com/2009/05/o-carpinteiro.html)

sábado, 16 de janeiro de 2010

2º DOMINGO DO TEMPO COMUM

2º DOMINGO DO TEMPO COMUM
Ano C
17 de Janeiro de 2010


A liturgia de hoje apresenta a imagem do casamento como imagem que exprime de forma privilegiada a relação de amor que Deus (o marido) estabeleceu com o seu Povo (a esposa). A questão fundamental é, portanto, a revelação do amor de Deus.

A primeira leitura define o amor de Deus como um amor inquebrável e eterno, que continuamente renova a relação e transforma a esposa, sejam quais forem as suas falhas passadas. Nesse amor nunca desmentido, reside a alegria de Deus.

O Evangelho apresenta, no contexto de um casamento (cenário da “aliança”), um “sinal” que aponta para o essencial do “programa” de Jesus: apresentar aos homens o Pai que os ama, e que com o seu amor os convoca para a alegria e a felicidade plenas.

A segunda leitura fala dos “carismas” – dons, através dos quais continua a manifestar-se o amor de Deus. Como sinais do amor de Deus, eles destinam-se ao bem de todos; não podem servir para uso exclusivo de alguns, mas têm de ser postos ao serviço de todos com simplicidade. É essencial que na comunidade cristã se manifeste, apesar da diversidade de membros e de carismas, o amor que une o Pai, o Filho e o Espírito Santo.

(http://www.ecclesia.pt/cgi-bin/comentario.pl?id=417)

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

A PEDRA NO CAMINHO

Conta-se a lenda de um rei que viveu há muitos anos num país para lá dos mares. Era muito sábio e não poupava esforços para inculcar bons hábitos nos seus súbditos. Frequentemente, fazia coisas que pareciam estranhas e inúteis; mas tudo se destinava a ensinar o povo a ser trabalhador e prudente.
— Nada de bom pode vir a uma nação — dizia ele — cujo povo reclama e espera que outros resolvam os seus problemas. Deus concede os seus dons a quem trata dos problemas por conta própria.
Uma noite, enquanto todos dormiam, pôs uma enorme pedra na estrada que passava pelo palácio. Depois, foi esconder-se atrás de uma cerca e esperou para ver o que acontecia.
Primeiro, veio um fazendeiro com uma carroça carregada de sementes que ele levava para a moagem.
— Onde já se viu tamanho descuido? — disse ele contrariado, enquanto desviava a sua parelha e contornava a pedra. — Por que motivo esses preguiçosos não mandam retirar a pedra da estrada?
E continuou a reclamar sobre a inutilidade dos outros, sem ao menos tocar, ele próprio, na pedra.
Logo depois surgiu a cantar um jovem soldado. A longa pluma do seu quépi ondulava na brisa, e uma espada reluzente pendia-lhe à cintura. Ele pensava na extraordinária coragem que revelaria na guerra.
O soldado não viu a pedra, mas tropeçou nela e estatelou-se no chão poeirento. Ergueu-se, sacudiu a poeira da roupa, pegou na espada e enfureceu-se com os preguiçosos que insensatamente haviam deixado uma pedra enorme na estrada. Também ele se afastou então, sem pensar uma única vez que ele próprio poderia retirar a pedra.
Assim correu o dia. Todos os que por ali passavam reclamavam e resmungavam por causa da pedra colocada na estrada, mas ninguém lhe tocava.
Finalmente, ao cair da noite, a filha do moleiro passou por lá. Era muito trabalhadora e estava cansada, pois desde cedo andara ocupada no moinho. Mas disse consigo própria: “Já está quase a escurecer e de noite, alguém pode tropeçar nesta pedra e ferir-se gravemente. Vou tirá-la do caminho.”

E tentou arrastar dali a pedra. Era muito pesada, mas a moça empurrou, e empurrou, e puxou, e inclinou, até que conseguiu retirá-la do lugar. Para sua surpresa, encontrou uma caixa debaixo da pedra.
Ergueu a caixa. Era pesada, pois estava cheia de alguma coisa. Havia na tampa os seguintes dizeres: “Esta caixa pertence a quem retirar a pedra.”
Ela abriu a caixa e descobriu que estava cheia de ouro.
A filha do moleiro foi para casa com o coração cheio de alegria. Quando o fazendeiro e o soldado e todos os outros ouviram o que havia ocorrido, juntaram-se em torno do local onde se encontrava a pedra. Revolveram com os pés o pó da estrada, na esperança de encontrarem um pedaço de ouro.
— Meus amigos — disse o rei — com frequência encontramos obstáculos e fardos no nosso caminho. Podemos, se assim preferirmos, reclamar alto e bom som enquanto nos desviamos deles, ou podemos retirá-los e descobrir o que eles significam. A decepção é normalmente o preço da preguiça.
Então, o sábio rei montou no seu cavalo e, dando delicadamente as boas-noites, retirou-se.

(retirado de: http://historiasqueficaram.blogspot.com)

sábado, 9 de janeiro de 2010

Baptismo do Senhor

Ser bem parecido


Conta um missionário que, um dia, estava a rezar o breviário e um garoto espreitou a página e viu uma estampa com o Menino Jesus.

- Oh, que lindo! É seu filho?
- Não. Respondeu-lhe, a sorrir, o sacerdote - é meu irmão…
- Ah, está bem. Mas olhe que ele não se parece nada consigo.
- Pois é - Pensou aquele missionário - durante toda a minha vida não faço outra coisa do que procurar ficar parecido com Ele.

Ainda hoje faz-se ouvir a mesma voz de Deus: Tu és meu filho muito amado. Nós somos da mesma Família de Cristo. E como diz a sabedoria popular quem sai aos seus não degenera. Através do Baptismo cada um torna-se parecido com Cristo. Ele deixou-se baptizar para Se identificar connosco e para santificar aquelas águas pelas quais um dia havíamos de passar. Agora é tempo de nos tornarmos parecidos com Ele, nas palavras, nas obras, na vida e no caminhar. É por isso que rezamos nesta Festa do Baptismo do Senhor: já que Cristo se manifestou aos homens na realidade da nossa natureza, que saibamos reconhecê-lo exteriormente semelhante a nós para sermos por Ele interiormente renovados.

Precisamos muito de alguém que seja em tudo parecido com Cristo.



Pe. José David Quintal Vieira, scj
(http://www.dehonianos.org/830/830b/830bC01.htm)

I DOMINGO TEMPO COMUM - FESTA DO BAPTISMO DO SENHOR

1º DOMINGO DO TEMPO COMUM
FESTA DO BAPTISMO DO SENHOR
ANO C
10 de Janeiro de 2010
 
A liturgia deste domingo tem como cenário de fundo o projecto salvador de Deus. No Baptismo de Jesus nas margens do Jordão, revela-se o Filho amado de Deus, que veio ao mundo enviado pelo Pai, com a missão de salvar e libertar os homens. Cumprindo o projecto do Pai, Jesus fez-Se um de nós, partilhou a nossa fragilidade e humanidade, libertou-nos do egoísmo e do pecado, empenhou-Se em promover-nos para que pudéssemos chegar à vida plena.

A primeira leitura anuncia um misterioso “Servo”, escolhido por Deus e enviado aos homens para instaurar um mundo de justiça e de paz sem fim… Animado pelo Espírito de Deus, Ele concretizará essa missão com humildade e simplicidade, sem recorrer ao poder, à imposição, à prepotência, pois esses esquemas não são os de Deus.

No Evangelho, aparece-nos a concretização da promessa profética veiculada pela primeira leitura: Jesus é o Filho/”Servo” enviado pelo Pai, sobre quem repousa o Espírito, e cuja missão é realizar a libertação dos homens. Obedecendo ao Pai, Ele tornou-se pessoa, identificou-Se com as fragilidades dos homens, caminhou ao lado deles, a fim de os promover e de os levar à reconciliação com Deus, à vida em plenitude.

A segunda leitura reafirma que Jesus é o Filho amado que o Pai enviou ao mundo para concretizar um projecto de salvação; por isso, Ele “passou pelo mundo fazendo o bem” e libertando todos os que eram oprimidos. É este o testemunho que os discípulos devem dar, para que a salvação que Deus oferece chegue a todos os povos da terra.

(http://www.ecclesia.pt/cgi-bin/comentario.pl?id=416)

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Solenidade da Epifania

Ser estrela

Os Magos chegaram a Belém guiados por uma estrela. É que as pessoas são como estrelas ou como cometas.
Os cometas passam, as estrelas permanecem.

Há gente cometa que passa pela vida apenas por instantes, gente que não prende ninguém e a ninguém se prende, gente sem amigos que passa pela vida sem iluminar, sem guiar ou marcar presença.
O importante é ser estrela, estar junto, ser luz, ser calor, ser vida. Um amigo é uma estrela. Podem passar anos, podem surgir distâncias mas a marca fica no coração. Há necessidade de criar um mundo de estrelas. Todos os dias poder contar com elas e poder sentir a sua luz e calor.
Ser estrela neste mundo passageiro de pessoas cometas é um desafio e uma recompensa.

Recompensa por ter sido luz para muitos amigos, ter sido calor para muitos corações, ter nascido e ter vivido e não apenas existido.
Na nossa constelação cada estrela tem o seu brilho próprio onde o importante não é brilhar mais mas brilhar sempre.

Há um autor desconhecido que escreveu: "Para que a sua estrela brilhe, não é preciso apagar a minha."


Pe. José David Quintal Vieira, scj
(http://www.dehonianos.org/830/830c/830bN02.htm )

DOMINGO EPIFANIA DO SENHOR

Solenidade da Epifania do Senhor
(Ano C)
3 de Janeiro de 2010




A liturgia deste domingo leva-nos à manifestação de Jesus como “a luz” que atrai a Si todos os povos da terra. Essa “luz” incarnou na nossa história, a fim de iluminar os caminhos dos homens com uma proposta de salvação/libertação.

A primeira leitura anuncia a chegada da luz salvadora de Jahwéh, que alegrará Jerusalém e que atrairá à cidade de Deus povos de todo o mundo.

No Evangelho, vemos a concretização dessa promessa: ao encontro de Jesus vêm os “Magos”, atentos aos sinais da chegada do Messias, que O aceitam como “salvação de Deus” e O adoram. A salvação, rejeitada pelos habitantes de Jerusalém, torna-se agora uma oferta universal.

A segunda leitura apresenta o projecto salvador de Deus como uma realidade que vai atingir toda a humanidade, juntando judeus e pagãos numa mesma comunidade de irmãos – a comunidade de Jesus.



(http://www.dehonianos.org/800/800c/NatalC05.PDF)