quinta-feira, 25 de novembro de 2010

CONSOADA DE NATAL

Bons Dias, Boas Tardes, Boas Noites, conforme local e hora em que se encontrem,

Aqui estamos nós de novo para um dos grandes eventos do ano, a célebre Consoada de Natal do Grupo de Jovens Estrela da Manha, onde tudo pode acontecer. Dadas as elevadas expectativas criadas o ano passado, com todas as promessas, não sei se será possível igualar tamanho convite.

Este ano não há cá stripteases, ou serenatas, ou doces deliciosos…o país vai entrar em crise e nós temos que cooperar em tudo o que pudermos. E para começar quem sabe se o Daniel não nos trará uma coreografia para uma música de Natal, ou o André nos surpreender com mais uma história interactiva e de bastante actividade física….como é Natal, e coisas lindas acontecem, até pode ser que aquela rapariga das mensagens tire uns dias e nos pare de atacar o telemóvel …: P

Este ano, quem sabe se contaremos com convidados super especiais….o Justin Bieber, a Lady Gaga, até a Pocahontas ou a Branca de Neve. 

Só terão uma maneira de o descobrir … no dia 17 de Dezembro apareçam na consoada de natal. Este ano são as meninas a cozinhar, e como já é tradição o jantar feminino é sempre de comer e chorar por mais : P

O jantar terá INÍCIO às 20h00 do dia, e no final noite realizar-se-á a habitual troca de prendas. Novamente, estamos em crise, é apenas para servir de lembrança, tenham em atenção um limite de mais ou menos 2 €.

Levem os instrumentos musicais, porque música não pode faltar e não se esqueçam de levar um docinho, uma sobremesa, que os anjos agradecem … lá desaparecer eles desaparecem, quem os termina às vezes…ninguém sabe ahahahahah

O LOCAL será o do costume, a casa de Santa Maria, a porta verde ao lado da loja de Santa Maria (Rua do colégio de Nossa Senhora de Fátima).

LIMITE PARA INSCRIÇÃO: A malta tem até dia 13-12-2010 para dizer se está interessado em ir ou não, para o contacto Luís Pires (telemóvel ou gjem.abrantes@gmail.com). ASSINEM as mensagens, pois será feita uma lista a colocar no blog do GJEM com os nomes dos interessados.

Ainda para ajudar com os custos da refeição, tragam com vocês 2,5 pais natais. 

Para quem ao ler este convite não sabe o que é tradição…o habitual…o do costume… Então venham ter uma noite muito bem passada…quem sabe se o Pai Natal também não decide aparecer, ter barba está na moda mesmo … : D

IMPORTANTE: Aparecer por volta das 18:30, para cozinhar (meninas) e tratar do processo logístico, ou seja, sala de jantar, distribuição de prendas e animação das cozinheiras (meninos).

Saudações Natalícias GJEMistas

Feliz Natal!! Merry Christmas!! Frohe Weihnachten!!Joyeux Noël!!



sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Jornada Missionária Diocesana - Alcains

 A Diocese de Portalegre - Castelo Branco decidiu e assumiu que a Jornada Missionária Diocesana se realiza sempre no sábado anterior ao Dia Mundial das Missões. Este ano, é em Alcains, no Seminário de S. José e na Paróquia, no dia 23 de Outubro, das 10h00 às 17h30.
“Missão: comunhão e partilha” é o tema principal da Jornada e vai de encontro à mensagem de Bento XVI para o 84º Dia Mundial das Missões: “A construção da comunhão eclesial é a chave da missão”.
 

O Secretariado Diocesano das Missões elaborou o Programa da Jornada que fez chegar a todos os párocos e respectivas comunidades paroquiais, às comunidades de vida consagrada ou religiosa, toda a informação disponível para este encontro importante para a Diocese. O mesmo aconteceu com o material de apoio para o Dia Mundial das Missões (mensagem, cartaz, oração, guião), o qual foi distribuído nas reuniões mensais dos 5 Arciprestados e na última Assembleia Diocesana.
 

Este ano, o programa abrange todo o dia e todas as idades. Em momentos separados e comuns, crianças, jovens, adultos e consagrados terão a oportunidade de rezar, reflectir, testemunhar e celebrar o dom da missão. Além de outros intervenientes, será conferencista D. Augusto César, bispo emérito da Diocese.
 

Para os vários níveis etários estão preparados momentos e dinâmicas que ajudem a criar o gosto pela Missão e o espírito missionário. Catequistas, grupos de jovens, grupos de leigos e vários secretariados, estão empenhados em criar um clima propício para chegar a todos. As várias propostas vão acontecer em espaços concretos (Seminário), mas, de tarde, a partir de vários pontos da Vila de Alcains, acontecerá uma grande caminhada missionária que culminará na Igreja Matriz onde será celebrada a Eucaristia. O CNE fará o “Acampamento da Missão”, com actividades próprias do seu modo de agir. Nas Escolas e na Paróquia, a presença de um Missionário comboniano, na semana que antecede a Jornada, vai dar a conhecer a identidade missionária da Igreja e motivar a uma resposta concreta.
 

Todos são convocados para a missão. Não se pode pensar que esta tarefa é para os outros ou só para alguns. Há um desafio, um apelo: criar espaço e tempo para participar, para dinamizar a família, o grupo, a paróquia. Ser luz, fermento, sal é desafio permanente do cristão.

Na sua primeira mensagem à Diocese, D. Antonino Dias, manifestava um desejo e ao mesmo tempo uma meta: “ a nossa Diocese deve ser uma verdadeira escola e casa de comunhão, toda ela missionária e de rosto materno”. A Jornada Missionário Diocesana será um dos modos de acolher e de responder ao desafio lançado pelo nosso Bispo e pelos Bispos portugueses que apresentaram a Carta Pastoral “Para um rosto missionário da Igreja em Portugal”.


Individualmente, em paróquia ou em grupo, cada um é interpelado a participar, a ser missionário nas realidades concretas onde trabalha e em que está integrado, a ir mais além. A oração pelas Missões e pelos missionários, a que a Igreja nos convida, deve levar a que todos descubram que, a partir do baptismo, são ungidos, enviados a levar a Boa Nova.


Programa

P. Agostinho Sousa (Director do Secretariado Diocesano das Missões)

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

2ª Jornada Missionária Diocesana

Já está decidido e programado que a Jornada Missionária Diocesana se realiza sempre no sábado anterior ao Dia das Missões. Este ano será em Alcains, no Seminário de S. José, no dia 23 de Outubro, das 10h00 às 17h00.



“Missão: comunhão e partilha” é o tema principal da Jornada e vai de encontro à mensagem de Bento XVI para o 84º Dia Mundial das Missões: “ A construção da comunhão eclesial é a chave da missão”.
Na sua última reunião, em seis de Julho, o Secretariado elaborou o Programa provisório,  que apresenta através dos meios de comunicação social ao seu dispor. Também, a faz chegar a todos os párocos e respectivas comunidades paroquiais e às comunidades de vida consagrada ou religiosa toda a informação disponível, bem como o material de apoio, para a divulgação deste Encontro importante para a Diocese de Portalegre-Castelo Branco.
Este ano, o programa abrange todo o dia e todas as idades. Em momentos separados e comuns, crianças, jovens, adultos e consagrados terão a oportunidade de rezar, reflectir, testemunhar e celebrar o dom da missão. Além de outros intervenientes, teremos como conferencista D. Augusto César, bispo emérito da nossa Diocese. Somos convocados para a missão. Não se pode pensar que esta tarefa é para os outros, é só para alguns. Vamos criar espaço e tempo para participar, para dinamizar a família, o grupo, a paróquia. Ser luz, fermento, sal é desafio permanente do cristão.
Na sua primeira mensagem à Diocese, D. Antonino Dias, dizia manifestava um desejo e ao mesmo tempo uma meta: “ a nossa Diocese deve ser uma verdadeira escola e casa de comunhão, toda ela missionária e de rosto materno”. A Jornada Missionário Diocesana pode ser um modo de acolher e de responder ao desafio lançado pelo nosso Bispo e dos Bispos portugueses que apresentaram a Carta Pastoral “Para um rosto missionário da Igreja em Portugal”.
Individualmente, em paróquia ou em grupo, somos interpelados para participar, para sermos missionários nas realidades concretas onde trabalhamos e em que estamos integrados. Rezemos pelas Missões e pelos missionários, mas não esqueçamos que, a partir do baptismo, somos ungidos, enviados a levar a Boa Nova.

P. Agostinho Sousa


segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Ano Novo - Nova Imagem

Caros GJEMistas,

Depois de umas merecidas férias estamos todos de volta aos nossos compromissos (estudos, trabalhos e quiçá reformas, eheheh), e claro está, a iniciar mais umas magnificas sessões do GJEM, este ano como a presença também assídua da catequese do 10º Ano.

O Blogue do GJEM não quer ser excepção e também aparece renovado e brevemente cheio de novidades.

Saudações,
GJEM

sábado, 13 de março de 2010

QUARESMA - O NOSSO VALOR

Um orador começou a sua palestra segurando uma nota de 50 Euros. Perguntou aos duzentos ouvintes:
- Quem gostaria de ter esta nota de 50 Euros?
Claro que aquilo fazia jeito a qualquer pessoa de modo que todas as mãos se ergueram.
De seguida com as mãos amarrotou a nota e perguntou de novo:
- Quem quer ainda esta nota assim mal tratada?
As mesmas mãos continuaram levantadas.
Deixou cair a nota no chão e começou a pisá-la e a esfregá-la com a sola dos sapatos. Depois pegou nela, suja e amarfanhada, e fez a mesma pergunta:
- E agora? Ainda há alguém que queira esta nota?
Todas as mãos permaneceram erguidas.
- Meus amigos, não importa o que eu faça com esta nota, vocês vão querer na mesma, porque ela não perde o seu valor. Estimada ou mal tratada, ela continuará a valer 50 Euros. Assim é a nossa vida. Muitas vezes somos amassados, pisados e ficamos imundos, por decisões que tomamos, por experiências que fazemos ou por situações que enfrentamos. E assim ficamos, à primeira vista, desvalorizados ou aniquilados. Quer estejamos sujos ou limpos, machucados ou inteiros, nada disso altera a importância que temos. O preço da nossa vida não vem do que fazemos, temos ou sabemos mas do que somos.

O Filho Pródigo continuou a ter o mesmo valor aos olhos do Pai.
Estas duas histórias têm a ver connosco.



Pe. José David Quintal Vieira, scj
(retirado de: http://www.dehonianos.org)

IV DOMINGO DA QUARESMA

IV DOMINGO DA QUARESMA
Ano C
14 de Março de 2010


A liturgia de hoje convida-nos à descoberta do Deus do amor, empenhado em conduzir-nos a uma vida de comunhão com Ele.

O Evangelho apresenta-nos o Deus/Pai que ama de forma gratuita, com um amor fiel e eterno, apesar das escolhas erradas e da irresponsabilidade do filho rebelde. E esse amor lá está, sempre à espera, sem condições, para acolher e abraçar o filho que decide voltar. É um amor entendido na linha da misericórdia e não na linha da justiça dos homens.

A segunda leitura convida-nos a acolher a oferta de amor que Deus nos faz através de Jesus. Só reconciliados com Deus e com os irmãos podemos ser criaturas novas, em quem se manifesta o homem Novo.

A primeira leitura, a propósito da circuncisão dos israelitas, convida-nos à conversão, princípio de vida nova na terra da felicidade, da liberdade e da paz. Essa vida nova do homem renovado é um dom do Deus que nos ama e que nos convoca para a felicidade.


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(retirado de: http://www.dehonianos.org)

sexta-feira, 5 de março de 2010

III DOMINGO DA QUARESMA

III DOMINGO DA QUARESMA
Ano C
7 de Março de 2010

Nesta terceira etapa da caminhada para a Páscoa somos chamados, mais uma vez, a repensar a nossa existência. O tema fundamental da liturgia de hoje é a “conversão”. Com este tema enlaça-se o da “libertação”: o Deus libertador propõe-nos a transformação em homens novos, livres da escravidão do egoísmo e do pecado, para que em nós se manifeste a vida em plenitude, a vida de Deus.

O Evangelho contém um convite a uma transformação radical da existência, a uma mudança de mentalidade, a um recentrar a vida de forma que Deus e os seus valores passem a ser a nossa prioridade fundamental. Se isso não acontecer, diz Jesus, a nossa vida será cada vez mais controlada pelo egoísmo que leva à morte.

A segunda leitura avisa-nos que o cumprimento de ritos externos e vazios não é importante; o que é importante é a adesão verdadeira a Deus, a vontade de aceitar a sua proposta de salvação e de viver com Ele numa comunhão íntima.

A primeira leitura fala-nos do Deus que não suporta as injustiças e as arbitrariedades e que está sempre presente naqueles que lutam pela libertação. É esse Deus libertador que exige de nós uma luta permanente contra tudo aquilo que nos escraviza e que impede a manifestação da vida plena.


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(retirado de: http://www.dehonianos.org)

RETIRO QUARESMAL

O Tempo da QUARESMA é pautado por um caminho de conversão interior e de reflexão, é também Tempo de deixar o homen velho e revestirmo-nos do Homem Novo, para celebrarmos as festas PASCAIS, com toda a Alegria da Ressurreição.

Este ano o GJEM, resolveu retomar a antiquíssima tradição de realizar um RETIRO QUARESMAL, para nos ajudar a preparar este caminho até à PASCOA.

Mantendo a tradição, o RETIRO será em Vila de Rei, na casa Paroquial, terá início na 6ª feira à noite (21:30), dia 5 de Março, e terminará no Domingo dia 7 de Março, depois do Almoço.

Será orientado pelo Pe Nuno Folgado.
                                                                                                                                                                                                                                                        
Será de certeza um fim-de-semana reservado para nos encontrarmos com Deus, onde haverá também bastantes momentos de convívio e partilha. PARTICIPA!

Como esta actividade precisa de bastante logística, quem quiser participar tem que realizar uma inscrição (através do mail: gjem.abrantes@gmail.com) até ao dia 26 de FEVEREIRO, a inscrição será 10€, por pessoa, para despesas de alimentação e alojamento.

É necessário levar sacos-cama (ou lençóis), e roupa bem quentinha, bem como os objectos de higiene pessoal.
Quem tiver guitarras pode e deve levar!!!


A SAÍDA é às 21h30, na GALP, em frente à Escola Solano de Abreu!
Vamos em carros particulares!

terça-feira, 2 de março de 2010

QUARESMA - ESCUTAR O SENHOR


Alguns alunos mostraram curiosidade em saber o que é que os padres do Colégio faziam antes do horário das aulas e depois da hora de fechar. Eu lá fui explicando que os padres viviam ali, que trabalhavam e rezavam mais ou menos com este horário:
- Às 07H00 rezam Laudes ou a oração da manhã, seguida de missa e mais meia hora de meditação. Entretanto chegam os alunos. À tarde, pelas 19H00 rezam o Ofício de Leitura, o Terço e antes do jantar fazem meia hora de adoração eucarística com recitação de Vésperas. À noite, depois de preparem as aulas para o dia seguinte, ainda rezam as Completas...
Alguém mais perspicaz perguntou:
- Afinal, quanto tempo vocês rezam por dia?
- Fazendo bem as contas... mais de duas horas.
- Caramba, eu vou dois minutos à Capela e já nem sei o que dizer a Deus. O que é que vocês têm para Lhe dizer durante esse tempo todo?
Então respondi que, de facto, tinha muito pouco para lhe dizer mas que Deus tinha sempre muita coisa para me falar.

No Tabor Deus disse: 'Este é o meu Filho muito amado, escutai-o.' É por isso que o cristão não reza: Escuta Senhor que o teu servo quer falar mas fala Senhor que o teu servo escuta.

O tempo de quaresma é tempo de oração, tempo de escuta.


Pe. José David Quintal Vieira, scj
(retirado de: http://www.dehonianos.org)

domingo, 28 de fevereiro de 2010

II DOMINGO DA QUARESMA

II DOMINGO DA QUARESMA
Ano C
28 de Fevereiro de 2010

As leituras deste domingo convidam-nos a reflectir sobre a nossa “transfiguração”, a nossa conversão à vida nova de Deus; nesse sentido, são-nos apresentadas algumas pistas.

A primeira leitura apresenta-nos Abraão, o modelo do crente. Com Abraão, somos convidados a “acreditar”, isto é, a uma atitude de confiança total, de aceitação radical, de entrega plena aos desígnios desse Deus que não falha e é sempre fiel às promessas.

A segunda leitura convida-nos a renunciar a essa atitude de orgulho, de autosuficiência e de triunfalismo, resultantes do cumprimento de ritos externos; a nossa transfiguração resulta de uma verdadeira conversão do coração, construída dia a dia sob o signo da cruz, isto é, do amor e da entrega da vida.

O Evangelho apresenta-nos Jesus, o Filho amado do Pai, cujo êxodo (a morte na cruz) concretiza a nossa libertação. O projecto libertador de Deus em Jesus não se realiza através de esquemas de poder e de triunfo, mas através da entrega da vida e do amor que se dá até à morte. É esse o caminho que nos conduz, a nós também, à transfiguração em Homens Novos.


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(retirado de: http://www.dehonianos.org)

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

QUARESMA - VENCER O DESERTO


Certa tarde o pai saiu para um passeio com as suas duas filhas. Depois de algum tempo, a miúda mais nova pediu ao pai que a carregasse pois já estava muito cansada. O pai cortou então um pequeno galho de árvore, entregou-o à filha dizendo:
- Eu também estou cansado mas aqui está um cavalinho para te ajudar. Ensina-lhe o caminho que ele levar-te-á depressa até casa.
A menina parou de chorar e pôs-se a cavalgar o galho verde que foi difícil alcançá-la. Ficou tão encantada com o seu cavalo de pau que continuou a galopar toda a tarde pelo jardim.
A irmã mais velha ficou intrigada com o que viu e perguntou ao pai como entender o que se passou. O pai sorriu e respondeu:
- Assim é a vida, minha filha. Às vezes nós ficamos cansados, certos de que é impossível continuar. Mas encontramos então um cavalinho qualquer que nos dá ânimo outra vez e lá vamos nós...

Este cavalinho pode ser um conselho, uma palavra de amigo, um livro, um exemplo, um elogio, uma canção ou uma oração. Para vencer o deserto Jesus socorreu-se da Palavra da Escritura, ultrapassando assim a tentação de desanimar.

Neste tempo da Quaresma temos um deserto a ultrapassar. Que espécie de cavalinho precisamos mais de deitar a mão para nos levar até onde podemos ou queremos ir?


Pe. José David Quintal Vieira, scj

(retirado de: http://www.dehonianos.org/)

I DOMINGO DA QUARESMA

I DOMINGO DA QUARESMA
Ano C
21 de Fevereiro de 2010

No início da Quaresma, a Palavra de Deus apela a repensar as nossas opções de vida e a tomar consciência dessas “tentações” que nos impedem de renascer para a vida nova, para a vida de Deus.

A primeira leitura convida-nos a eliminar os falsos deuses em quem às vezes apostamos tudo e a fazer de Deus a nossa referência fundamental. Alerta-nos, na mesma lógica, contra a tentação do orgulho e da auto-suficiência, que nos levam a caminhos de egoísmo e de desumanidade, de desgraça e de morte.

O Evangelho apresenta-nos uma catequese sobre as opções de Jesus. Lucas sugere que Jesus recusou radicalmente um caminho de materialismo, de poder, de êxito fácil, pois o plano de Deus não passava pelo egoísmo, mas pela partilha; não passava pelo autoritarismo, mas pelo serviço; não passava por manifestações espectaculares que impressionam as massas, mas por uma proposta de vida plena, apresentada com simplicidade e amor. É claro que é esse caminho que é sugerido aos que seguem Jesus.

A segunda leitura convida-nos a prescindir de uma atitude arrogante e auto-suficiente em relação à salvação que Deus nos oferece: a salvação não é uma conquista nossa, mas um dom gratuito de Deus. É preciso, pois, “converter-se” a Jesus, isto é, reconhecê-l’O como o “Senhor” e acolher no coração a salvação que, em Jesus, Deus nos propõe.


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(retirado de: http://www.dehonianos.org)

sábado, 13 de fevereiro de 2010

SER FELIZ

Desiludido pela vida, um beduino isolou-se no deserto. Depois de muito andar entrou numa gruta tão enigmática como a sua vida. Olhando as paredes nuas e frias, seguiu um rasto de luz.
- Entra, meu irmão - encorajou-o uma voz benévola.
Na penumbra viu então um eremita em oração.
- Tu vives aqui? - perguntou surpreso - Como consegues resistir sem conforto e longe de todos? Como podes ser feliz aqui?
O eremita sorriu:
- Eu vivo pobre mas tenho um grande tesouro. Olha para cima - E apontou para uma pequena abertura no tecto da gruta - Que vês?
- Não vejo nada.
- De certeza que não descobres nada?
- Só um pedaço do céu...
- Só um pedaço de céu?! E não te parece que é um tesouro maravilhoso?
Jesus Cristo apresenta-nos hoje uma proposta de felicidade. Muitas vezes a nossa felicidade parece um projecto adiado: Só seremos felizes quando tivermos isto, quando fizermos aquilo, quando chegarmos ali... Depois ficamos frustrados porque a felicidade continua mais à frente, qual alvo móvel.
A felicidade é um caminho. Aproveite todos os momentos que tem, eles são um cantinho do céu. Não há hora melhor para ser feliz do que agora mesmo, com ou sem lágrimas. A felicidade é uma viagem, não um destino.

Pe. José David Quintal Vieira, scj


(retirado de: http://www.dehonianos.org/)

6º DOMINGO DO TEMPO COMUM

6º DOMINGO DO TEMPO COMUM
ANO C
14 de Fevereiro de 2010

A Palavra de Deus que nos é proposta neste domingo leva-nos a reflectir sobre o protagonismo que Deus e as suas propostas têm na nossa existência.

A primeira leitura põe frente a frente a auto-suficiência daqueles que prescindem de Deus e escolhem viver à margem das suas propostas, com a atitude dos que escolhem confiar em Deus e entregar-se nas suas mãos. O profeta Jeremias avisa que prescindir de Deus é percorrer um caminho de morte e renunciar à felicidade e à vida plenas.

O Evangelho proclama “felizes” esses que constroem a sua vida à luz dos valores propostos por Deus e infelizes os que preferem o egoísmo, o orgulho e a autosuficiência. Sugere que os preferidos de Deus são os que vivem na simplicidade, na humildade e na debilidade, mesmo que, à luz dos critérios do mundo, eles sejam desgraçados, marginais, incapazes de fazer ouvir a sua voz diante do trono dos poderosos que presidem aos destinos do mundo.

A segunda leitura, falando da nossa ressurreição – consequência da ressurreição de Cristo –, sugere que a nossa vida não pode ser lida exclusivamente à luz dos critérios deste mundo: ela atinge o seu sentido pleno e total quando, pela ressurreição, desabrocharmos para o Homem Novo. Ora, isso só acontecerá se não nos conformarmos com a lógica deste mundo, mas apontarmos a nossa existência para Deus e para a vida plena que Ele tem para nós.

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(retirado de: http://www.dehonianos.org)

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

ESTRELA DO MAR

"O Segredo de Viver é Dar" – Anthony Robbins

Era uma vez um escritor que morava numa tranquila praia, junto a uma colónia de pescadores. Todas as manhãs caminhava à beira-mar para se inspirar e à tarde ficava em casa a escrever. Certo dia ao caminhar pela praia viu um vulto que parecia dançar. Ao chegar perto dele reparou que se tratava de um jovem que apanhava estrelas-do-mar da areia para, uma por uma, atirá-las novamente de volta ao oceano.

"Porque está a fazer isso?"- perguntou o escritor "O Senhor não vê!? - perguntou o jovem - A maré está baixa e o sol está a brilhar. As estrelas-do-mar vão morrer se ficarem aqui na areia".
O escritor espantou-se.

"Meu jovem, existem milhares de quilómetros de praias por este mundo fora e centenas de milhares de estrelas-do-mar espalhadas pela praia. Que diferença faz? Atiras umas poucas de volta ao oceano, ainda assim a maioria vai morrer de qualquer forma".

O jovem apanhou mais uma estrela na praia, atirou-a de volta ao oceano, olhou para o escritor e disse:

"Para esta aqui eu fiz a diferença…".

Naquela noite o escritor não conseguiu escrever ou sequer dormir. Pela manhã voltou à praia, procurou o jovem, uniu-se a ele e juntos começaram a atirar estrelas-do-mar de volta ao oceano.


(retirado de: http://jorgecoutinho.blogspot.com/search?updated-max=2009-03-10T00%3A19%3A00Z&max-results=20)



terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

MAIS ALÉM

Naquele tempo Jesus subiu para o barco de Simão Pedro e pediu-lhe que se afastasse um pouco da terra e, do barco, começou a ensinar a multidão. Depois disse a Simão:
- Faz-te ao largo.

A vida ou a vocação de um homem é como um rio que se faz ao mar. Ao nascer é débil, dá uns trambolhões, passa por lugares estreitos e escuros mas pouco a pouco vai-se acalmando e encontra seu lugar próprio, torna-se meio de comunicação, por onde passa faz surgir esperança, partilha o que é mas nunca se esgota.

Diz-se que, mesmo ao entrar no oceano, o rio treme de medo. Olha para trás, para toda a jornada, os cumes, as montanhas, os vales, o caminho caprichoso pela planície e vê à sua frente um oceano, tão vasto que entrar nele nada mais é do que desaparecer para sempre. Mas não há outra maneira. O rio não pode voltar. Tem de ir em frente. O rio precisa de arriscar e entrar no oceano. E somente quando entra no oceano é que o medo desaparece. Porque só então o rio saberá que não se trata de desaparecer no oceano, mas tornar-se oceano. Será apenas um renascimento.

Assim somos nós. Voltar atrás é impossível. Temos que ir em frente, arriscar e navegar mais além.
Faz-te ao largo tu também.
Coragem, torna-te oceano.


Pe. José David Quintal Vieira, scj
(retirado de http://www.dehonianos.org)

5º DOMINGO DO TEMPO COMUM

5º DOMINGO DO TEMPO COMUM
ANO C
7 de Fevereiro de 2010

A liturgia deste domingo leva-nos a reflectir sobre a nossa vocação: somos todos chamados por Deus e d’Ele recebemos uma missão para o mundo.
Na primeira leitura, encontramos a descrição plástica do chamamento de um profeta – Isaías. De uma forma simples e questionadora, apresenta-se o modelo de um homem que é sensível aos apelos de Deus e que tem a coragem de aceitar ser enviado.
No Evangelho, Lucas apresenta um grupo de discípulos que partilharam a barca com Jesus, que acolheram as propostas de Jesus, que souberam reconhecê-l’O como seu “Senhor”, que aceitaram o convite para ser “pescadores de homens” e que deixaram tudo para seguir Jesus… Neste quadro, reconhecemos o caminho que os cristãos são chamados a percorrer.
A segunda leitura propõe-nos reflectir sobre a ressurreição: trata-se de uma realidade que deve dar forma à vida do discípulo e levá-lo a enfrentar sem medo as forças da injustiça e da morte. Com a sua acção libertadora – que continua a acção de Jesus e que renova os homens e o mundo – o discípulo sabe que está a dar testemunho da ressurreição de Cristo.


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(retirado de  http://www.dehonianos.org)

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

AVISOS



Saudações,
GJEM

sábado, 30 de janeiro de 2010

QUERER DEUS

O Livro de Jeremias começa por recordar que Deus precisa do Profeta: "Antes de te formar no ventre materno, Eu te escolhi; antes que saísses do seio de tua mãe, Eu te consagrei e te constituí profeta entre as nações."

Isto faz-me lembrar um jovem que há pouco tempo me dizia abertamente:
- Eu não preciso de padres para nada. Eu cá tenho a minha fé e basta. Da Igreja também não preciso.
Com igual sinceridade procurei esclarecê-lo:
- Parece-me que estás enganado. Dizes que não precisas dos Padres mas olha que estás a ser superior a Deus pois Ele precisa dos Padres e da Igreja. Portanto, Deus também precisa de ti.
- Se é assim então Deus não é perfeito. Se Lhe falta qualquer coisa, deixa de ser Deus.
- Ele precisa de mim e de ti, não por se sentir limitado ou carenciado. Ele precisa da Igreja porque esta precisa de Deus. Se Deus precisa de mim é porque eu preciso de Deus, mais não seja para continuar a ser quem sou. Quando eu preciso de alguém, essa pessoa também necessita de mim para continuar a ser quem é.
Ó Deus, que mistério insondável! Tu escolheste-me, tu precisas de mim...

E fico a pensar que precisas de mim apenas para me lembrares que afinal sou eu que preciso de Ti.



(Pe. José David Quintal Vieira)
(retirado de http://www.dehonianos.org)

4º DOMINGO DO TEMPO COMUM

4º DOMINGO DO TEMPO COMUM
Ano C
31 de Janeiro de 2010

O tema da liturgia deste domingo convida a reflectir sobre o “caminho do profeta”: caminho de sofrimento, de solidão, de risco, mas também caminho de paz e de esperança, porque é um caminho onde Deus está. A liturgia de hoje assegura ao “profeta” que a última palavra será sempre de Deus: “não temas, porque Eu estou
contigo para te salvar”.
A primeira leitura apresenta a figura do profeta Jeremias. Escolhido, consagrado e constituído profeta por Jahwéh, Jeremias vai arrostar com todo o tipo de dificuldades; mas não desistirá de concretizar a sua missão e de tornar uma realidade viva no meio dos homens a Palavra de Deus.
O Evangelho apresenta-nos o profeta Jesus, desprezado pelos habitantes de Nazaré (eles esperavam um Messias espectacular e não entenderam a proposta profética de Jesus). O episódio anuncia a rejeição de Jesus pelos judeus e o anúncio da Boa Nova a todos os que estiverem dispostos a acolhê-la – sejam pagãos ou judeus.
A segunda leitura parece um tanto desenquadrada desta temática: fala do amor – o amor desinteressado e gratuito – apresentando-o como a essência da vida cristã. Pode, no entanto, ser entendido como um aviso ao “profeta” no sentido de se deixar guiar pelo amor e nunca pelo próprio interesse… Só assim a sua missão fará sentido.


(retirado de http://www.dehonianos.org)

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

A Sogra

"A pessoa que ama os outros também será amada." Provérbio Chinês

Reza uma antiga lenda chinesa que uma jovem chamada Lin, após o casamento foi viver com o marido na casa da sogra. Depois de algum tempo, constatou que não se adaptava à sogra.
Personalidades muito diferentes e Lin irritava-se com os hábitos da sogra, que criticava cada vez mais com insistência.
Com o passar dos meses, as coisas foram piorando, a ponto de a sua vida se tornar insuportável. No entanto, segundo as tradições antigas da China, a nora tem que estar sempre ao serviço da sogra e obedecer-lhe em tudo.
Mas Lin, não suportando por mais tempo a ideia de viver com a sogra, tomou a decisão de ir consultar um Mestre, velho amigo do seu pai.
Depois de ouvir a jovem, o Mestre Huang pegou num ramo de ervas medicinais e disse-lhe:
- “Para te livrares da tua sogra, não as deves usar de uma só vez, pois isso poderia causar suspeitas. Vais misturá-las com a comida, pouco a pouco, dia após dia, e assim ela vai sendo envenenada lentamente.
Mas, para teres a certeza de que, quando ela morrer, ninguém suspeitará de ti, deverás ter muito cuidado em tratá-la sempre com muita amizade. Não discutas e ajuda-a a resolver os seus problemas”.
Lin respondeu: "Obrigado, Mestre Huang, farei tudo o que me recomenda”.
Durante várias semanas Lin serviu, dia sim, dia não, uma refeição preparada especialmente para a sogra.
E tinha sempre presente a recomendação de Mestre Huang para evitar suspeitas: controlava o seu temperamento, obedecia à sogra em tudo e tratava-a como se fosse a sua própria mãe.
Passados seis meses, toda a família estava mudada. Durante estes meses, não teve uma única discussão com a sogra, que também se mostrava muito mais amável e de mais fácil trato.
As atitudes da sogra também mudaram e ambas passaram a tratar-se como mãe e filha. Certo dia, Lin foi procurar o Mestre Huang, para lhe pedir ajuda e disse-lhe:
“Mestre, por favor, ajude-me a evitar que o veneno venha a matar a minha sogra. É que ela transformou-se numa mulher agradável e gosto dela agora como se fosse a minha mãe. Não quero que ela morra por causa do veneno que lhe dou.”
Mestre Huang sorriu e abanou a cabeça: “Lin, não te preocupes. A tua sogra não mudou. Quem mudou foste tu. As ervas que te dei são vitaminas para melhorar a saúde. O veneno estava nas tuas atitudes, mas foi sendo substituído pelo amor e carinho que lhe começaste a dedicar”.

 (http://jorgecoutinho.blogspot.com/2009/06/new-smile-new-life-61.html)

sábado, 23 de janeiro de 2010

A LUZ DA PALAVRA


As vossas palavras, Senhor, são espírito e vida, são a luz do meu caminho que tudo ilumina e clarifica.
Um dia desafiei seis crianças a fazerem uma fogueira com uma lente, captando os raios do sol. As lentes eram iguais, o sol era o mesmo mas só uma delas conseguiu acender:
A primeira não alinhava a lente com o sol. Olhava para os outros lados menos para cima, em direcção do sol.
Outra, alinhava bem a lente, mas esta estava suja e os raios do sol não a podiam atravessar.
Outra não era calma. Estava sempre a mover a lente de modo que o foco não se fixava num só ponto, apesar de bem orientada e limpa.
Outra era calma, tinha a lente impecavelmente limpa, mas era precipitada, tinha pressa e não dava tempo a que o foco aquecesse.
Outra era calma, tinha a lente limpa, era paciente mas não tinha preparado a lenha que estava verde ou húmida.
Finalmente uma conseguiu acender o fogo visto que era muito cuidadosa.
Assim, os raios do sol são a Palavra de Deus e a lente é a nossa vontade ou dedicação.
Para acender a nossa fé são precisas várias condições:
Colocar-se na direcção correcta, ter o coração puro, incidir a atenção e não vaguear, ser paciente e dar tempo ao tempo e ter o seu terreno bem preparado.


Pe. José David Quintal Vieira, scj
(http://www.dehonianos.org)

3º DOMINGO DO TEMPO COMUM

3º DOMINGO DO TEMPO COMUM
Ano C
24 de Janeiro de 2010


A liturgia deste domingo coloca no centro da nossa reflexão a Palavra de Deus: ela é, verdadeiramente, o centro à volta do qual se constrói a experiência cristã. Essa Palavra não é uma doutrina abstracta, para deleite dos intelectuais; mas é, primordialmente, um anúncio libertador que Deus dirige a todos os homens e que incarna em Jesus e nos cristãos.

Na primeira leitura, exemplifica-se como a Palavra deve estar no centro da vida comunitária e como ela, uma vez proclamada, é geradora de alegria e de festa.

No Evangelho, apresenta-se Cristo como a Palavra que se faz pessoa no meio dos homens, a fim de levar a libertação e a esperança às vítimas da opressão, do sofrimento e da miséria. Sugere-se, também, que a comunidade de Jesus é a comunidade que anuncia ao mundo essa Palavra libertadora.

A segunda leitura apresenta a comunidade gerada e alimentada pela Palavra libertadora de Deus: é uma família de irmãos, onde os dons de Deus são repartidos e postos ao serviço do bem comum, numa verdadeira comunhão e solidariedade.

(http://www.dehonianos.org)

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Dia de São Vicente

São Vicente, Mártir
22 de Janeiro



São Vicente é um dos três grandes diáconos que deram sua vida por Cristo. Junto com Lourenço e Estevão Corona, Laurel e Vitória forma o mais insigne triunvirato. Este mártir celebrado por toda a Cristandade, encontrou sua panegirista em Santo Agostinho, São Leão Magno e Santo Ambrósio.

Vicente descendia de uma família consular de Huesca, e sua mãe, segundo alguns, era irmã do mártir São Lourenço. Estudou a carreira eclesiástica em Saragoça, ao lado do bispo Valero, quem por sua falta de facilidade de expressão, o nomeou primeiro diácono para supri-lo na sagrada cátedra.

Paralelamente, o imperador Diocleciano havia decretado uma das mais cruéis perseguições contra a Igreja, e que foi aplicado por Daciano na Espanha. Os cárceres, que estavam reservados antes para os delinquentes comuns, logo se encheram de bispos, presbíteros e diáconos. Ao passar Daciano por Barcelona, sacrifica São Cucufate e a menina Santa Eulália. Quando chega a Saragoça, manda deter o bispo e seu diácono, Valero e Vicente, e transferidos a Valência. Ali ocorreu o primeiro interrogatório. Vicente responde pelos dois, intrépido e com palavra ardorosa.

Daciano se irrita, manda Valero ao desterro, e Vicente é submetido à tortura do potro. Seu corpo é desgarrado com unhas metálicas. Enquanto o torturavam, o juiz intimava o mártir à abjuração.

Vicente rejeitava, indignado, tais oferecimentos. Daciano, desconcertado e humilhado perante aquela atitude, oferece-lhe o perdão se lhe entregasse os livros sagrados. Mas a valentia do mártir é inexpugnável Exasperado novamente o Prefeito, mandou aplicar-lhe o supremo tormento, colocá-lo sobre um leito de ferro incandescente. Nada pode abater a fortaleza do mártir que, recordando a seu amigo São Lourenço, sofre o tormento sem se queixar e gracejando entre as chamas. O atiraram então a um calabouço sinistro, escuro e fétido "um lugar mais negro que as próprias trevas", diz Prudêncio. Em seguida apresenta o poeta um coro de anjos que vem consolar o mártir. Iluminam o antro horrível, cobrem o chão de flores, e alegram as trevas com suas harmonias. Até o carcereiro, comovido, converte-se e confessa a Cristo. Daciano manda curar o mártir para submetê-lo novamente aos tormentos. Os cristãos se apressam para curá-lo. Mas apenas colocado em um leito, deixa o tirado frustrado, pois o espírito vencedor de Vicente voa ao paraíso. Era o mês de janeiro de 304.

Após o martírio, o corpo de Vicente teria sido atirado aos animais, mas foi protegido por um corvo de ser devorado. Esta protecção teria sido vista pelos cristãos como um milagre, foi-lhe erguida em homenagem, uma igreja, e Vicente passou a ser cultuado como santo.

Com o fim do Império Romano, a Península Ibérica sofreu a invasão dos mouros. Durante a época desta invasão, os muçulmanos, em 713, puseram o corpo de São Vicente num barco e deixaram-no à deriva no mar. O barco, levando as relíquias do martirizado, foi dar ao Promontorium Sacrum (Promontório Sacro, Cabo de Sagres, Portugal), que se passou a chamar Cabo de São Vicente. Os cristãos que aí viviam sob o domínio dos mouros, recolheram o corpo, transportando-o para uma ermida erguida em sua homenagem. Durante alguns séculos o culto a São Vicente alastrou-se por todo o território que seria futuramente o reino de Portugal.

Dom Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal, foi quem decidiu resgatar o corpo de São Vicente aos sarracenos, que dominavam Sagres nessa época. Sob as ordens de Dom Afonso Henriques, as relíquias do santo foram levadas para Lisboa. Diz a tradição da lenda que, quando o corpo seguiu no barco, dois corvos o acompanharam a velar-lhe. As relíquias, transferidas de Sagres para uma igreja fora das muralhas de Lisboa, geraram uma intensa veneração dos habitantes daquela cidade por São Vicente, que em 1173, foi proclamado o santo padroeiro de Lisboa. O corvo, ave da lenda do santo martirizado em Valência, foi adoptado como símbolo do brasão de Lisboa, permanecendo até os dias actuais.

São Vicente é representado como jovem diácono ou “levita”. Tem uma mó, uma grelha com puas, instrumentos da sua tortura como atributos; e ainda um corvo, um modelo de navio e cacho de uvas, pois é padroeiro dos vinhateiros; ocasionalmente, uma tesoura de poda e uma podoa, pela mesma razão. A sua mão pousa sobre um pipo de vinho ou uma selha com uvas.

  

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

O CARPINTEIRO


Havia um carpinteiro que estava prestes a chegar ao dia da sua reforma. Contou ao seu patrão os planos de deixar a carpintaria e, a construção de casas, e viver uma vida mais tranquila com a sua família. Claro que iria sentir a falta do seu vencimento, mas tinha chegado a hora de ter mais disponibilidade para si e para a sua família. Iria aproveitar a reforma para lhes dedicar mais tempo e mais atenção. O dono da empresa sentiu pena em saber que ia perder um dos melhores elementos da equipa e, como último trabalho pediu-lhe, como um favor especial, que construísse uma última casa. O carpinteiro aceitou, mas os seus pensamentos e o seu coração já não estavam no trabalho. Como tal, não se empenhou na construção e utilizou de mão de obra e matérias primas de qualidade inferior. O que interessava era concluir rápido esta sua última construção! Que maneira lamentável de terminar a sua carreira…
Quando terminou, o construtor veio inspeccionar a casa e entregou a chave da porta ao carpinteiro.
- Esta casa é sua! - disse. É um presente meu para si...
Naquele instante o carpinteiro sentiu uma enorme vergonha! Se ele soubesse que estava a construir sua própria casa, teria feito tudo diferente… Agora iria ter que morar numa casa feita de “qualquer maneira”…


Pensa em ti como o carpinteiro. Pensa sobre a tua “casa”. Cada dia martela um prego novo, coloca uma estrutura ou levanta uma parede. Constrói com todo o teu querer e com todo o teu saber.

A VIDA hoje é o resultado de atitudes e escolhas feitas no passado. A VIDA amanhã vai ser o resultado das atitudes e das escolhas feitas hoje. Que atitudes podes tomar já hoje? AGORA? Que escolhas podes fazer já hoje? AGORA?

Constrói a tua VIDA de forma concentrada e cuidada, em acção mais do que em reacção, a desejar colocar mais do que menos, e dá o teu melhor nos assuntos importantes.

(http://historiasqueficaram.blogspot.com/2009/05/o-carpinteiro.html)

sábado, 16 de janeiro de 2010

2º DOMINGO DO TEMPO COMUM

2º DOMINGO DO TEMPO COMUM
Ano C
17 de Janeiro de 2010


A liturgia de hoje apresenta a imagem do casamento como imagem que exprime de forma privilegiada a relação de amor que Deus (o marido) estabeleceu com o seu Povo (a esposa). A questão fundamental é, portanto, a revelação do amor de Deus.

A primeira leitura define o amor de Deus como um amor inquebrável e eterno, que continuamente renova a relação e transforma a esposa, sejam quais forem as suas falhas passadas. Nesse amor nunca desmentido, reside a alegria de Deus.

O Evangelho apresenta, no contexto de um casamento (cenário da “aliança”), um “sinal” que aponta para o essencial do “programa” de Jesus: apresentar aos homens o Pai que os ama, e que com o seu amor os convoca para a alegria e a felicidade plenas.

A segunda leitura fala dos “carismas” – dons, através dos quais continua a manifestar-se o amor de Deus. Como sinais do amor de Deus, eles destinam-se ao bem de todos; não podem servir para uso exclusivo de alguns, mas têm de ser postos ao serviço de todos com simplicidade. É essencial que na comunidade cristã se manifeste, apesar da diversidade de membros e de carismas, o amor que une o Pai, o Filho e o Espírito Santo.

(http://www.ecclesia.pt/cgi-bin/comentario.pl?id=417)

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

A PEDRA NO CAMINHO

Conta-se a lenda de um rei que viveu há muitos anos num país para lá dos mares. Era muito sábio e não poupava esforços para inculcar bons hábitos nos seus súbditos. Frequentemente, fazia coisas que pareciam estranhas e inúteis; mas tudo se destinava a ensinar o povo a ser trabalhador e prudente.
— Nada de bom pode vir a uma nação — dizia ele — cujo povo reclama e espera que outros resolvam os seus problemas. Deus concede os seus dons a quem trata dos problemas por conta própria.
Uma noite, enquanto todos dormiam, pôs uma enorme pedra na estrada que passava pelo palácio. Depois, foi esconder-se atrás de uma cerca e esperou para ver o que acontecia.
Primeiro, veio um fazendeiro com uma carroça carregada de sementes que ele levava para a moagem.
— Onde já se viu tamanho descuido? — disse ele contrariado, enquanto desviava a sua parelha e contornava a pedra. — Por que motivo esses preguiçosos não mandam retirar a pedra da estrada?
E continuou a reclamar sobre a inutilidade dos outros, sem ao menos tocar, ele próprio, na pedra.
Logo depois surgiu a cantar um jovem soldado. A longa pluma do seu quépi ondulava na brisa, e uma espada reluzente pendia-lhe à cintura. Ele pensava na extraordinária coragem que revelaria na guerra.
O soldado não viu a pedra, mas tropeçou nela e estatelou-se no chão poeirento. Ergueu-se, sacudiu a poeira da roupa, pegou na espada e enfureceu-se com os preguiçosos que insensatamente haviam deixado uma pedra enorme na estrada. Também ele se afastou então, sem pensar uma única vez que ele próprio poderia retirar a pedra.
Assim correu o dia. Todos os que por ali passavam reclamavam e resmungavam por causa da pedra colocada na estrada, mas ninguém lhe tocava.
Finalmente, ao cair da noite, a filha do moleiro passou por lá. Era muito trabalhadora e estava cansada, pois desde cedo andara ocupada no moinho. Mas disse consigo própria: “Já está quase a escurecer e de noite, alguém pode tropeçar nesta pedra e ferir-se gravemente. Vou tirá-la do caminho.”

E tentou arrastar dali a pedra. Era muito pesada, mas a moça empurrou, e empurrou, e puxou, e inclinou, até que conseguiu retirá-la do lugar. Para sua surpresa, encontrou uma caixa debaixo da pedra.
Ergueu a caixa. Era pesada, pois estava cheia de alguma coisa. Havia na tampa os seguintes dizeres: “Esta caixa pertence a quem retirar a pedra.”
Ela abriu a caixa e descobriu que estava cheia de ouro.
A filha do moleiro foi para casa com o coração cheio de alegria. Quando o fazendeiro e o soldado e todos os outros ouviram o que havia ocorrido, juntaram-se em torno do local onde se encontrava a pedra. Revolveram com os pés o pó da estrada, na esperança de encontrarem um pedaço de ouro.
— Meus amigos — disse o rei — com frequência encontramos obstáculos e fardos no nosso caminho. Podemos, se assim preferirmos, reclamar alto e bom som enquanto nos desviamos deles, ou podemos retirá-los e descobrir o que eles significam. A decepção é normalmente o preço da preguiça.
Então, o sábio rei montou no seu cavalo e, dando delicadamente as boas-noites, retirou-se.

(retirado de: http://historiasqueficaram.blogspot.com)

sábado, 9 de janeiro de 2010

Baptismo do Senhor

Ser bem parecido


Conta um missionário que, um dia, estava a rezar o breviário e um garoto espreitou a página e viu uma estampa com o Menino Jesus.

- Oh, que lindo! É seu filho?
- Não. Respondeu-lhe, a sorrir, o sacerdote - é meu irmão…
- Ah, está bem. Mas olhe que ele não se parece nada consigo.
- Pois é - Pensou aquele missionário - durante toda a minha vida não faço outra coisa do que procurar ficar parecido com Ele.

Ainda hoje faz-se ouvir a mesma voz de Deus: Tu és meu filho muito amado. Nós somos da mesma Família de Cristo. E como diz a sabedoria popular quem sai aos seus não degenera. Através do Baptismo cada um torna-se parecido com Cristo. Ele deixou-se baptizar para Se identificar connosco e para santificar aquelas águas pelas quais um dia havíamos de passar. Agora é tempo de nos tornarmos parecidos com Ele, nas palavras, nas obras, na vida e no caminhar. É por isso que rezamos nesta Festa do Baptismo do Senhor: já que Cristo se manifestou aos homens na realidade da nossa natureza, que saibamos reconhecê-lo exteriormente semelhante a nós para sermos por Ele interiormente renovados.

Precisamos muito de alguém que seja em tudo parecido com Cristo.



Pe. José David Quintal Vieira, scj
(http://www.dehonianos.org/830/830b/830bC01.htm)

I DOMINGO TEMPO COMUM - FESTA DO BAPTISMO DO SENHOR

1º DOMINGO DO TEMPO COMUM
FESTA DO BAPTISMO DO SENHOR
ANO C
10 de Janeiro de 2010
 
A liturgia deste domingo tem como cenário de fundo o projecto salvador de Deus. No Baptismo de Jesus nas margens do Jordão, revela-se o Filho amado de Deus, que veio ao mundo enviado pelo Pai, com a missão de salvar e libertar os homens. Cumprindo o projecto do Pai, Jesus fez-Se um de nós, partilhou a nossa fragilidade e humanidade, libertou-nos do egoísmo e do pecado, empenhou-Se em promover-nos para que pudéssemos chegar à vida plena.

A primeira leitura anuncia um misterioso “Servo”, escolhido por Deus e enviado aos homens para instaurar um mundo de justiça e de paz sem fim… Animado pelo Espírito de Deus, Ele concretizará essa missão com humildade e simplicidade, sem recorrer ao poder, à imposição, à prepotência, pois esses esquemas não são os de Deus.

No Evangelho, aparece-nos a concretização da promessa profética veiculada pela primeira leitura: Jesus é o Filho/”Servo” enviado pelo Pai, sobre quem repousa o Espírito, e cuja missão é realizar a libertação dos homens. Obedecendo ao Pai, Ele tornou-se pessoa, identificou-Se com as fragilidades dos homens, caminhou ao lado deles, a fim de os promover e de os levar à reconciliação com Deus, à vida em plenitude.

A segunda leitura reafirma que Jesus é o Filho amado que o Pai enviou ao mundo para concretizar um projecto de salvação; por isso, Ele “passou pelo mundo fazendo o bem” e libertando todos os que eram oprimidos. É este o testemunho que os discípulos devem dar, para que a salvação que Deus oferece chegue a todos os povos da terra.

(http://www.ecclesia.pt/cgi-bin/comentario.pl?id=416)

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Solenidade da Epifania

Ser estrela

Os Magos chegaram a Belém guiados por uma estrela. É que as pessoas são como estrelas ou como cometas.
Os cometas passam, as estrelas permanecem.

Há gente cometa que passa pela vida apenas por instantes, gente que não prende ninguém e a ninguém se prende, gente sem amigos que passa pela vida sem iluminar, sem guiar ou marcar presença.
O importante é ser estrela, estar junto, ser luz, ser calor, ser vida. Um amigo é uma estrela. Podem passar anos, podem surgir distâncias mas a marca fica no coração. Há necessidade de criar um mundo de estrelas. Todos os dias poder contar com elas e poder sentir a sua luz e calor.
Ser estrela neste mundo passageiro de pessoas cometas é um desafio e uma recompensa.

Recompensa por ter sido luz para muitos amigos, ter sido calor para muitos corações, ter nascido e ter vivido e não apenas existido.
Na nossa constelação cada estrela tem o seu brilho próprio onde o importante não é brilhar mais mas brilhar sempre.

Há um autor desconhecido que escreveu: "Para que a sua estrela brilhe, não é preciso apagar a minha."


Pe. José David Quintal Vieira, scj
(http://www.dehonianos.org/830/830c/830bN02.htm )

DOMINGO EPIFANIA DO SENHOR

Solenidade da Epifania do Senhor
(Ano C)
3 de Janeiro de 2010




A liturgia deste domingo leva-nos à manifestação de Jesus como “a luz” que atrai a Si todos os povos da terra. Essa “luz” incarnou na nossa história, a fim de iluminar os caminhos dos homens com uma proposta de salvação/libertação.

A primeira leitura anuncia a chegada da luz salvadora de Jahwéh, que alegrará Jerusalém e que atrairá à cidade de Deus povos de todo o mundo.

No Evangelho, vemos a concretização dessa promessa: ao encontro de Jesus vêm os “Magos”, atentos aos sinais da chegada do Messias, que O aceitam como “salvação de Deus” e O adoram. A salvação, rejeitada pelos habitantes de Jerusalém, torna-se agora uma oferta universal.

A segunda leitura apresenta o projecto salvador de Deus como uma realidade que vai atingir toda a humanidade, juntando judeus e pagãos numa mesma comunidade de irmãos – a comunidade de Jesus.



(http://www.dehonianos.org/800/800c/NatalC05.PDF)