domingo, 27 de dezembro de 2009

FESTA DA SAGRADA FAMÍLIA DE NAZARÉ

Família em oração

A porta que dá para a Basílica da Natividade, em Belém, é pequena e tão baixa que só se pode entrar curvando-se à altura de uma criança. O guia explica que foi construída assim para evitar a entrada de intrusos, de animais que na altura abundavam por ali.


Esta porta é uma lembrança e um convite:
Lembra que o Natal é o abaixar-se do Altíssimo que visitou o seu povo, fazendo-se tão pequeno, à medida da nossa estatura.
É também um convite a pôr-se numa posição de pequeno: Se não vos tornardes como crianças não entrareis no Reino dos Céus. Todo aquele que por esta porta entra, humilha-se e ajoelha-se. Esta atitude de oração é o efeito da contemplação da Sagrada Família. Toda está em oração. A Virgem Maria, segundo a tradição, está de joelhos. São José igualmente recolhido e o Menino, de braços abertos, oferece a Deus Pai a oração de toda a Família. Os pastores que acorreram, prostram-se aos pés de Jesus e regressando cantavam os louvores do Senhor. Até mesmo os Anjos entraram neste clima de oração, dando glória a Deus.

Ao celebrarmos a Sagrada Família somos envolvidos neste clima de oração. Se o presépio não nos leva à oração, se não nos une a Deus e aos irmãos, para que é que Jesus nasce!


Pe. José David Quintal Vieira, scj
(http://www.dehonianos.org/830/830c/830bN01.htm )


Domingo dentro da oitava do Natal - FESTA DA SAGRADA FAMÍLIA

DOMINGO dentro da Oitava do NATAL
Sagrada Família de Jesus, Maria e José
(Ano C) 
27 de Dezembro de 2009


As leituras deste domingo complementam-se ao apresentar as duas coordenadas fundamentais a partir das quais se deve construir a família cristã: o amor a Deus e o amor aos outros, sobretudo a esses que estão mais perto de nós – os pais e demais familiares.

O Evangelho sublinha, sobretudo, a dimensão do amor a Deus: o projecto de Deus tem de ser a prioridade de qualquer cristão, a exigência fundamental, a que todas as outras se devem submeter. A família cristã constrói-se no respeito absoluto pelo projecto que Deus tem para cada pessoa.

A segunda leitura sublinha a dimensão do amor que deve brotar dos gestos de todos os que vivem “em Cristo” e aceitaram ser Homem Novo. Esse amor deve atingir, de forma mais especial, todos os que connosco partilham o espaço familiar e deve traduzir-se em determinadas atitudes de compreensão, de bondade, de respeito, de partilha, de serviço.

A primeira leitura apresenta, de forma muito prática, algumas atitudes que os filhos devem ter para com os pais. É uma forma de concretizar esse amor de que fala a segunda leitura.

(http://www.ecclesia.pt/cgi-bin/comentario.pl?id=413)

sábado, 26 de dezembro de 2009

NATAL DE JESUS CRISTO

 O melhor presente



No domingo passado acordei com vontade de comprar um presente para o Menino Jesus. Afinal, no dia 25 de Dezembro o aniversário é d’Ele. Sentia-me cansado de escolher prendas para tanta gente excepto para a personagem principal de mais um Natal. Também não achava bem continuar a receber tantos presentes dos meus amigos, quando Ele ficava preterido para segundo plano.
Saí cedo de casa e fui ao maior shopping da cidade sem pensar ao certo que oferta poderia escolher no meio das sugestões que por lá abundam.
Nas lojas de roupa veio-me à ideia comprar uma nova túnica, talvez bordado Madeira, para o meu Menino. Quando vi que o branco mais branco do linho ainda era cinza perto da sua pureza, fiquei com vergonha e passei adiante.
Numa vitrina vi umas sandálias de couro, mas lembrei-me que também eu não sou digno de desatar as sandálias dos seus pés, como disse João Baptista.
Tinha de escolher algo mais moderno. Talvez uma linda caneta de marca famosa, com o nome de Jesus gravado em ouro. Veio-me então à memória tudo o que Ele falou e mostrou com o exemplo e não o que escreveu.
Já meio desanimado, continuei a espreitar entre as lojas à procura de algo para oferecer a Jesus, no seu aniversário. Tudo me parecia supérfluo e não apropriado para partilhar com Alguém com tanta dignidade. Afastei ainda outras duas ideias: Uma coroa de pérola que não servia pois o seu reino não é deste mundo e uma almofada de brocados de ouro pois Ele queixara-se um dia de não ter onde reclinar a cabeça. Ri-me de mim mesmo, pois tudo o que via era matéria que o tempo iria corroer e Ele era o senhor do tempo.
Confesso que saí frustrado do Shopping sem comprar o presente que Jesus merecia.
Junto ao carro cruzei-me com um rapaz, talvez um arrumador, que me cumprimentou sorrindo e estendeu-me a mão. Não sei se foi para me dar um aperto de mão ou para pedir esmola. Só sei que fiquei assustado e, tirando a mão do bolso, entreguei-lhe a nota que não gastei na compra do presente sonhado para o Menino Jesus. Ao chegar a casa achei-me ridículo. Vi-me de mãos vazias, sem o presente e sem o dinheiro reservado para o comprar.
Junto à porta encontrei uma carta no chão com uma mensagem que dizia assim:
”Obrigado pelo melhor presente de aniversário que me podias dar: Fizeste feliz um dos pequeninos deste mundo!” Assinado, Jesus.

(http://www.dehonianos.org)


sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

NASCEU JESUS, O SALVADOR! FELIZ NATAL!

NASCEU JESUS, O SALVADOR! FELIZ NATAL!

Mensagem de Natal 2009 do Bispo de Portalegre-Castelo Branco

“O Verbo fez-se Carne e habitou entre nós”.

Deus fez-se homem em Jesus Cristo. Nasceu da Virgem Maria e renasce na Igreja.

E tudo isto para nos salvar, nos revelar o Seu Amor, nos ensinar a amar e nos convidar a sermos sal e luz na construção de um mundo melhor. Conhecer e anunciar a Sua pessoa e a Sua Palavra, com o testemunho de verdadeiro discípulo, é a maneira mais sublime e eficaz de amar e servir a Humanidade, cada Família e cada Pessoa: só Jesus transforma em novo e novidade aquilo que o homem em si mesmo deixa envelhecer e destrói.

Reconhecer, amar e respeitar-se a si e aos outros como Jesus fez e ensinou continua a ser provocação e desafio que brota do silêncio divino e humano do Presépio numa estreita relação entre a simplicidade e a glória. Entre a riqueza divina partilhada com amor e a pobreza humana minimizada por tão extraordinário gesto de entrega e gratuidade.

Celebrar o Natal de Jesus não é reduzi-lo a uma mera festa profana, dispendiosa e humilhante para os pobres, sofredores e excluídos. Celebrar o Natal é fazer ecoar por toda a terra a mensagem de Esperança que cada pessoa precisa de ouvir. É pedir aos líderes da sociedade que escancarem as portas do coração a Cristo Salvador, o Filho de Deus, se reencontrem n’Ele para servirem como Ele e Lhe peçam o dom da Sabedoria para bem orientar o destino dos povos que neles confiaram e estes possam viver com alegria e dignidade. É fazer com que o Reino de Amor e de Paz que Cristo tornou próximo se torne herança de todos. É fazer que cada pessoa se sinta reconhecida, amada e respeitada na sua dignidade e viva em recíproco sentimento e atitude.

Neste ano dedicado ao Sacerdócio Ministerial, e estando a nossa Diocese tão carente de Presbíteros, que os nossos jovens, olhando o presépio em jeito de São João Maria Vianney – o Cura d’Ars - sintam o apelo de Jesus Menino a dizer-lhes que a “messe é grande mas os operários são poucos…”. E numa atitude de confiança, coragem e ousadia lhe abram o coração com generosidade e amor e decidam colocar a vida ao serviço do Seu povo.

Feliz Natal para todos!

Diocese de Portalegre-Castelo Branco, 15 de Dezembro de 2009
+Antonino Dias, Bispo Diocesano

NATAL - MISSA DO DIA

NATAL DO SENHOR – MISSA DO DIA

(ANO C)
25 de Dezembro de 2009

O tema desta Eucaristia pode girar à volta da expressão “a Palavra fez-se carne e habitou entre nós”.

A primeira leitura anuncia a chegada de Deus ao meio do seu Povo. Ele é o rei que traz a paz e a salvação, proporcionando ao Povo de Deus uma era de felicidade sem fim. O profeta convida, pois, a substituir a tristeza pela alegria e pelos gritos de vitória.

A segunda leitura apresenta, em traços largos, o plano salvador de Deus. Insiste, sobretudo, que esse projecto alcança o seu ponto mais alto com o envio de Jesus, a “Palavra” de Deus que os homens devem escutar e acolher.

O Evangelho desenvolve o tema esboçado na segunda leitura e apresenta a “Palavra” viva de Deus, tornada pessoa em Jesus. Sugere que a missão do Filho/“Palavra” é completar a criação primeira, eliminando tudo aquilo que se opõe à vida e criando condições para que nasça o homem novo, o homem da vida em plenitude, o homem que vive uma relação filial com Deus




Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
 
(Jo 1,1-18)
 

No princípio era o Verbo
e o Verbo estava com Deus
e o Verbo era Deus.
No princípio, Ele estava com Deus.
Tudo se fez por meio d’Ele
e sem Ele nada foi feito.
N’Ele estava a vida
e a vida era a luz dos homens.
A luz brilha nas trevas
e as trevas não a receberam.
Apareceu um homem enviado por Deus, chamado João.
Veio como testemunha,
para dar testemunho da luz,
a fim de que todos acreditassem por meio dele.
Ele não era a luz,
mas veio para dar testemunho da luz.
O Verbo era a luz verdadeira,
que, vindo ao mundo, ilumina todo o homem.
Estava no mundo,
e o mundo, que foi feito por Ele, não O conheceu.
Veio para o que era seu
e os seus não O receberam.
Mas, àqueles que O receberam e acreditaram no seu nome,
deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus.
Estes não nasceram do sangue,
nem da vontade da carne, nem da vontade do homem,
mas de Deus.
E o Verbo fez-Se carne e habitou entre nós.
Nós vimos a sua glória,
glória que Lhe vem do Pai como Filho Unigénito,
cheio de graça e de verdade.
João dá testemunho d’Ele, exclamando:
«É deste que eu dizia:
‘O que vem depois de mim passou à minha frente,
porque existia antes de mim’».
Na verdade, foi da sua plenitude que todos nós recebemos
graça sobre graça.
Porque, se a Lei foi dada por meio de Moisés,
a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo.
A Deus, nunca ninguém O viu.
O Filho Unigénito, que está no seio do Pai,
é que O deu a conhecer.



AMBIENTE

A Igreja primitiva recorreu, frequentemente, a hinos para celebrar, expressar e anunciar a sua fé. O prólogo ao Evangelho de João que hoje nos é proposto é um bom exemplo disso mesmo. Não é certo se este hino foi composto por João, ou se o autor do Quarto Evangelho usou um primitivo hino cristão conhecido da comunidade joânica, adaptando-o de forma a que ele servisse de prólogo a esse texto tão peculiar que é o Evangelho segundo João. O que é certo é que o hino cristológico que chegou até nós expressa, em forma de confissão, a fé da comunidade joânica em Cristo enquanto Palavra, a sua origem eterna, a sua procedência divina, a sua influência no mundo e na história, possibilitando a quantos O aceitam ser “filhos de Deus”. Essas grandes linhas aqui enunciadas vão ser desenvolvidas depois pelo evangelista ao longo da sua obra.

MENSAGEM

Ao usar a expressão “no princípio”, João enlaça o seu Evangelho com o relato da criação (cf. Gn 1,1), oferecendo-nos assim, desde logo, uma chave de interpretação para o seu escrito. Aquilo que ele vai narrar sobre Jesus está em relação com a obra criadora de Deus: em Jesus vai acontecer a definitiva intervenção criadora de Deus no sentido de dar vida ao homem e ao mundo… A actividade de Jesus, enviado do Pai, consiste em fazer nascer um homem novo; a sua acção coroa a obra criadora iniciada por Deus “no princípio”.
João começa por apresentar a “Palavra” (“Lógos”). A “Palavra” é – de acordo com o autor do Quarto Evangelho – uma realidade anterior ao céu e à terra, implicada já na primeira criação. Esta “Palavra” apresenta-se, assim, com as características que o Livro dos Provérbios atribuía à “sabedoria”: pré-existência (cf. Prov 8,22-24) e colaboração com Deus na obra da criação (cf. Prov 8,24-30). No entanto, essa “Palavra” não só estava junto de Deus e colaborava com Deus, mas “era Deus”. Identifica-se totalmente com Deus, com o ser de Deus, com a obra criadora de Deus. É como que o projecto íntimo de Deus, que se expressa e se comunica como “Palavra”. Deus faz-Se inteligível através da “Palavra”. Essa “Palavra” é geradora de vida para o homem e para o mundo, concretizando o projecto de Deus.
A “Palavra” veio ao encontro dos homens, fez-Se “carne” (pessoa). João identifica claramente a “Palavra” com Jesus, o “Filho único, cheio de amor e de verdade”, que veio ao encontro do homem. Nessa pessoa (Jesus), “cheio de amor e de verdade”, podemos contemplar o projecto ideal de homem, o homem que nos é proposto como modelo por Deus, a meta final da criação de Deus.
Essa “Palavra” “montou a sua tenda no meio de nós”. O verbo “skênéô” (“montar a tenda”), aqui utilizado, alude à “tenda do encontro” que, na caminhada pelo deserto, os israelitas montavam no meio ou ao lado do acampamento e que era o local onde Deus residia no meio do seu Povo (cf. Ex 27,21; 28,43; 29,4…). Agora, a “tenda de Deus”, o lugar onde Ele habita no meio dos homens, é o homem/Jesus. Quem quiser encontrar Deus e receber d’Ele vida em plenitude (salvação), é para Jesus que se tem de voltar.
A função dessa “Palavra” está ligada ao binómio vida/luz: comunicar ao homem vida em plenitude; ou, por outras palavras, trata-se de acender a luz que ilumina o caminho do homem, possibilitando-lhe encontrar a vida verdadeira, a vida plena, livre, total.
Jesus Cristo vai, no entanto, deparar-Se com a oposição à vida/luz que Ele traz. Ao longo do Evangelho, João irá contando essa história do confronto da vida/luz com o sistema injusto e opressor que pretende manter os homens prisioneiros do egoísmo e do pecado (e que João identifica com a Lei. Os dirigentes judeus que enfrentam Jesus são o rosto visível dessa Lei). Recusar a vida/luz significa preferir continuar a caminhar nas trevas (na mentira, na escravidão), independentemente de Deus; significa recusar chegar a ser homem pleno, criação acabada.
Mas o acolhimento da “Palavra” implica a participação na vida de Deus. João diz mesmo que acolher a “Palavra” significa tornar-se “filho de Deus”. Começa, para quem acolhe a “Palavra”/Jesus, uma nova relação entre o homem e Deus, aqui expressa em termos de filiação: Deus dá vida em plenitude ao homem, oferecendo-lhe, assim, uma qualidade de vida que potencia o seu ser e lhe permite crescer até à dimensão do homem novo, do homem acabado e perfeito. Isto é uma “nova criação”, um novo nascimento, que não provém da carne e do sangue, mas de Deus.
A incarnação de Jesus significa, portanto, a oferta que Deus faz à humanidade da vida em plenitude. Sempre existiu no homem o anseio da vida plena, conforme o projecto original de Deus; mas, na realidade, esse anseio fica muitas vezes frustrado pelo domínio que o egoísmo, a injustiça, a mentira e a opressão (o pecado) exercem sobre o homem. Toda a obra de Jesus consistirá em capacitar o homem para a vida nova, a vida plena, a fim de que ele possa realizar em si mesmo o projecto de Deus – a semelhança com o Pai.

ACTUALIZAÇÃO


Perspectivas para a reflexão e actualização do texto:

• A transformação da “Palavra” em “carne” (em menino do presépio de Belém) é a espantosa aventura de um Deus que ama e que, por amor, aceita revestir-Se da nossa fragilidade para nos dar vida em plenitude. Neste dia, somos convidados a contemplar, numa atitude de serena adoração, esse incrível passo de Deus, expressão extrema de um amor sem limites.

• Acolher a “Palavra” é deixar que Jesus nos transforme, nos dê a vida plena, a fim de nos tornarmos verdadeiramente “filhos de Deus”. O presépio que hoje contemplamos é, apenas, um quadro bonito e terno, ou uma interpelação a acolher a “Palavra”, de forma a crescermos até à dimensão do homem novo?

• Hoje, como ontem, a “Palavra” continua a confrontar-se com os sistemas geradores de morte e a procurar eliminar na origem tudo o que rouba a vida plena e a felicidade do homem. Sensíveis à “Palavra”, embarcados na mesma aventura de Jesus – a “Palavra” viva de Deus – como nos situamos diante de tudo aquilo que rouba a vida ao homem? Podemos pactuar com a mentira, o oportunismo, a corrupção, a violência, a exploração dos pobres, a miséria, as limitações aos direitos do homem, a destruição da dignidade dos mais fracos?


(http://www.ecclesia.pt/cgi-bin/comentario.pl?id=412)

NATAL - MISSA DA MEIA-NOITE

NATAL DO SENHOR – MISSA DA MEIA-NOITE
(ANO C)
24 de Dezembro de 2009

O tema desta Eucaristia pode resumir-se na expressão “o povo que andava nas trevas viu uma grande luz”.

A primeira leitura anuncia a chegada de um menino, da descendência de David, dom de Deus para o Povo, que eliminará as causas objectivas de sofrimento, de injustiça e de morte, e inaugurará uma era de alegria, de felicidade e de paz sem fim.

O Evangelho apresenta a concretização da promessa profética: Jesus, o menino de Belém, é o Deus que vem ao encontro dos homens para lhes oferecer – sobretudo aos mais pobres e débeis – a salvação. Não se trata de uma salvação imposta, mas de uma salvação oferecida com ternura e amor.

A segunda leitura lembra que acolher a salvação de Deus, tornada presente na história dos homens em Jesus, significa renunciar aos valores do mundo, sempre que eles estejam em contradição com a proposta do menino de Belém.



Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
(Lc 2,1-14)

Naqueles dias,
saiu um decreto de César Augusto,
para ser recenseada toda a terra.
Este primeiro recenseamento efectuou-se
quando Quirino era governador da Síria.
Todos se foram recensear, cada um à sua cidade.
José subiu também da Galileia, da cidade de Nazaré,
à Judeia, à cidade de David, chamada Belém,
por ser da casa e da descendência de David,
a fim de se recensear com Maria, sua esposa,
que estava para ser mãe.
Enquanto ali se encontravam,
chegou o dia de ela dar à luz,
e teve o seu Filho primogénito.
Envolveu-O em panos e deitou-O numa manjedoura,
porque não havia lugar para eles na hospedaria.
Havia naquela região uns pastores que viviam nos campos
e guardavam de noite os rebanhos.
O Anjo do Senhor aproximou-se deles
e a glória do Senhor cercou-os de luz;
e eles tiveram grande medo.
Disse-lhes o Anjo: «Não temais,
porque vos anuncio uma grande alegria para todo o povo:
nasceu-vos hoje, na cidade de David, um Salvador,
que é Cristo Senhor.
Isto vos servirá de sinal:
encontrareis um Menino recém-nascido,
envolto em panos e deitado numa manjedoura».
Imediatamente juntou-se ao Anjo
uma multidão do exército celeste,
que louvava a Deus, dizendo:
«Glória a Deus nas alturas
e paz na terra aos homens por Ele amados».

AMBIENTE

É duvidoso que Quirino, como governador, tenha ordenado um recenseamento na época em que Jesus nasceu (só por volta do ano 6 d.C. é que ele se tornou governador da Síria, embora possa ter sido “legado” romano na Síria entre 12 e 8 a.C. Pode, realmente, nessa altura, ter ordenado um recenseamento que teve efeitos práticos na Palestina por volta dos anos 6/7 a.C., altura do nascimento de Jesus). De qualquer forma, Lucas não está a escrever “história”, mas a fazer teologia e a apresentar uma catequese sobre Jesus, o Filho de Deus prometido, que veio ao encontro dos homens para lhes apresentar uma proposta de salvação.
Com estas indicações de carácter histórico, Lucas está interessado em situar o nascimento de Jesus numa época e num espaço concreto, sugerindo que não se trata de um acontecimento lendário, mas de algo perfeitamente integrado na história e na vida dos homens.

MENSAGEM


A primeira indicação vem da referência a Belém como o lugar efectivo do nascimento de Jesus… Lucas sugere, assim, que este Jesus é o Messias, da descendência de David, anunciado pelos profetas (cf. Miq 5,1). Fica, desde já, claro que o nascimento de Jesus se integra no plano de salvação que Deus tem para os homens – plano que os profetas anunciaram e cuja realização o Povo de Deus aguardava ansiosamente.
São também importantes os elementos que definem a simplicidade do quadro do nascimento – a manjedoira, a falta de lugar na hospedaria, os panos que envolvem a criança, as testemunhas do acontecimento (os pastores): é na pobreza, na simplicidade, na fragilidade que Deus vem ao encontro dos homens para lhes propor um projecto de salvação e de felicidade. Não é um projecto imposto do alto de um trono, pela força de um ceptro ou pelo poder das armas, do dinheiro ou da comunicação social; mas é uma proposta que chega ao coração dos homens através da simplicidade, da fraqueza e da ternura de um “menino”. É assim que Deus entra na nossa história; é assim a lógica de Deus.
Finalmente, detenhamo-nos nas “testemunhas” do nascimento: os pastores. Trata-se de gente considerada violenta e marginal, que invadia com os rebanhos as propriedades alheias e que tinha fama de se apropriar da lã, do leite e das crias dos rebanhos. Os pastores eram, com frequência, colocados ao lado dos publicanos e dos cobradores de impostos, todos incapazes de reconhecer a quem tinham prejudicado e, portanto, incapazes de oferecer uma reparação. Lucas coloca, precisamente, estes marginais como as “testemunhas” que acolhem a chegada de Jesus ao mundo. É para estes pecadores e marginalizados que a chegada de Jesus é uma “boa notícia”, recebida com alegria: chegou a salvação/libertação; a partir de agora os pobres, os débeis, os marginalizados e os pecadores são convidados a integrar essa comunidade dos filhos amados de Deus. Sugere-se que Deus não os rejeita nem marginaliza, mas quer apresentar-lhes uma proposta de salvação que os leve a integrar a comunidade da Nova Aliança, a comunidade do Reino.

ACTUALIZAÇÃO

A reflexão deste texto pode seguir as seguintes indicações:

• O menino de Belém leva-nos a contemplar o incrível amor de um Deus que Se preocupa com a vida e a felicidade dos homens e que envia o próprio Filho ao encontro dos homens para lhes apresentar um projecto da salvação/libertação. Nesse menino de Belém, Deus grita-nos a radicalidade do seu amor por nós.

• O presépio apresenta-nos a lógica de Deus que não é, tantas vezes, igual à lógica dos homens: a salvação de Deus não se manifesta na força das armas, na autoridade prepotente, nos gabinetes ministeriais, nos conselhos das empresas, nos salões onde se concentram as estrelas do “jet-set”, mas numa gruta de pastores onde brilha a fragilidade, a ternura, a simplicidade, a dependência de um bebé recém-nascido. Qual é a lógica com que abordamos o mundo – a lógica de Deus ou a lógica dos homens?

• A presença libertadora de Jesus neste mundo é uma “boa notícia” que devia encher de felicidade os pobres, os débeis, os marginalizados, e dizer-lhes que Deus veio ao seu encontro para lhes propor a salvação/libertação. É essa a proposta que nós, os seguidores de Jesus, passamos ao mundo? Nós, Igreja, não estaremos demasiado ocupados a discutir questões laterais (poderiam abundar exemplos…), esquecendo o essencial (o anúncio libertador aos pobres)?

• Jesus – o Jesus da justiça, do amor, da fraternidade e da paz – já nasceu de forma efectiva na vida de cada um de nós, nas nossas famílias, nas nossas comunidades cristãs, nas nossas casas religiosas?

(http://www.ecclesia.pt/cgi-bin/comentario.pl?id=411)


quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

A Caminho do NATAL - 4º Domingo do Advento

O sonho de Maria


"Esta noite sonhei, José, que toda a gente estava a preparar uma grande Festa. Limpavam tudo, decoravam as casas e compravam roupa nova. Saíam às compras e adquiriam muitos presentes. Não pude compreender bem o que se passava mas creio que se tratava de um aniversário natalício. Creio até que se tratava do nascimento no nosso Filho.

O que mais me surpreendeu, José, é que esses presentes não eram para Ele. Envolviam-nos em lindos papéis que atavam com preciosas fitas e colocavam-nos debaixo de uma árvore. Sim, José, devias ver essa árvore brilhante! Toda a gente estava feliz e emocionada com as ofertas. Trocavam prendas uns com os outros  mas... não ficou nada para o nosso Filho.

Pareceu-me que nem O conhecem pois nunca mencionavam o Seu nome. Não te parece estranho que as  pessoas se cansem tanto para celebrar o aniversário de Alguém desconhecido? Se Jesus batesse à porta  seria apenas um intruso.
Tudo estava tão lindo, José, e todo o mundo feliz, mas eu senti vontade de chorar.
Que tristeza para Jesus não ser desejado na sua própria festa de anos.
Estou contente porque foi apenas um sonho, mas que terrível seria se tudo isto fosse a realidade!"

Boas Festas e não se esqueçam de colocar Jesus no centro do Natal!

(http://www.dehonianos.org/)


ADVENTO - 4º Domingo

4º DOMINGO DO TEMPO DO ADVENTO
(ANO C)
20 de Dezembro de 2009



Nestes últimos dias antes do Natal, a mensagem fundamental da Palavra de Deus gira à volta da definição da missão de Jesus: propor um projecto de salvação e de libertação que leve os homens à descoberta da verdadeira felicidade.

O Evangelho sugere que esse projecto de Deus tem um rosto: Jesus de Nazaré veio ao encontro dos homens para apresentar aos prisioneiros e aos que jazem na escravidão uma proposta de vida e de liberdade. Ele propõe um mundo novo, onde os marginalizados e oprimidos têm lugar e onde os que sofrem encontram a dignidade e a felicidade. Este é um anúncio de alegria e de salvação, que faz rejubilar todos os que reconhecem em Jesus a proposta libertadora que Deus lhes faz. Essa proposta chega, tantas vezes, através dos limites e da fragilidade dos “instrumentos” humanos de Deus; mas é sempre uma proposta que tem o selo e a força de Deus.

A primeira leitura sugere que este mundo novo que Jesus, o descendente de David, veio propor é um dom do amor de Deus. O nome de Jesus é “a Paz”: Ele veio apresentar uma proposta de um “reino” de paz e de  amor, não construído com a força das armas, mas construído e acolhido nos corações dos homens.

A segunda leitura sugere que a missão libertadora de Jesus visa o estabelecimento de uma relação de comunhão e de proximidade entre Deus e os homens. É necessário que os homens acolham esta proposta com disponibilidade e obediência – à imagem de Jesus Cristo – num “sim” total ao projecto de Deus.


(http://www.ecclesia.pt/cgi-bin/comentario.pl?id=410)


terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Mais um desafio para o ADVENTO

O VASO DA VELHA CHINESA :



Uma chinesa velha tinha dois grandes vasos, cada um suspenso na extremidade de uma vara que ela carregava nas costas.

Um dos vasos era rachado e o outro era perfeito. Todos os dias ela ia ao rio buscar água, e ao fim da longa caminhada do rio até casa o vaso perfeito chegava sempre cheio de água, enquanto o rachado chegava meio vazio.

Durante muito tempo a coisa foi andando assim, com a senhora chegando a casa somente com um vaso e meio de água.

Naturalmente o vaso perfeito tinha muito orgulho do seu próprio resultado - e o pobre vaso rachado tinha vergonha do seu defeito, de conseguir fazer só a metade daquilo que deveria fazer.

Ao fim de dois anos, reflectindo sobre a sua própria amarga derrota de ser 'rachado', durante o caminho para o rio o vaso rachado disse à velha :

'Tenho vergonha de mim mesmo, porque esta rachadura que tenho faz-me
perder metade da água durante o caminho até à sua casa ...'


A velhinha sorriu :

'Reparaste que lindas flores há no teu lado do caminho, somente no teu lado do caminho ? Eu sempre soube do teu defeito e portanto plantei sementes de flores na beira da estrada do teu lado. E todos os dias, enquanto voltávamos do rio, tu regava-las.
Foi assim que durante dois anos pude apanhar belas flores para enfeitar a mesa e alegrar o meu jantar. Se tu não fosses como és, eu não teria tido aquelas maravilhas na minha casa !'



Cada um de nós tem o seu defeito próprio : mas é o defeito que cada um de nós tem, que faz com que nossa convivência seja interessante e gratificante.
É preciso aceitar cada um pelo que é ... e descobrir o que há de bom nele !

domingo, 13 de dezembro de 2009

A Caminho do NATAL - 3º Domingo do Advento

ALEGRAI-VOS


O tema desta etapa do Advento gira à volta da pergunta: 'e nós, que devemos fazer?' A resposta repete-se nas várias leituras: 'Alegrai-vos'.

Há dois dias atrás celebrou-se a memória de São João da Cruz. Santa Teresa de Ávila, afirmou a seu respeito que não era possível discorrer com ele sobre Deus sem vê-lo em êxtase. As grandes almas deleitam-se ao ouvir tão somente o nome de Deus.

E eu fico a pensar em tantos sermões que fiz ou que ouvi, tantas leituras, outras tantas exortações, celebrações etc. Mas quantas vezes me deixei arrebatar pelas coisas de Deus? Não interessa quem anuncia, não importa o que diz, basta só pronunciar esse nome para incendiar uma alma santa.

Quanta gente se lamenta, como eu, que as palavras do padre nada lhe diz, que os discursos da Igreja já não comovem! De quem será a culpa? Ouvir pronunciar o nome do Senhor era suficiente para inebriar o coração de São João da Cruz, porque tinha um grande amor.
Por coincidência, li recentemente que os cientistas concluíram que rir é o melhor remédio para o coração, diminuindo os danos causados pelo stress.

Que devemos fazer para preparar o caminho do Senhor?
Alegremo-nos e o nosso coração estará em condições para O receber.



Pe. José David Quintal Vieira, scj
(http://www.dehonianos.org/830/830c/830bAd03.htm)
 

ADVENTO - 3º Domingo

3º DOMINGO DO TEMPO DO ADVENTO
(ANO C)
13 de Dezembro de 2009


O tema deste 3º Domingo pode girar à volta da pergunta: “e nós, que devemos fazer?”
Preparar o “caminho” por onde o Senhor vem significa questionar os nossos limites, o nosso egoísmo e comodismo e operar uma verdadeira transformação da nossa vida no sentido de Deus.


O Evangelho sugere três aspectos onde essa transformação é necessária: é preciso sair do nosso egoísmo e aprender a partilhar; é preciso quebrar os esquemas de exploração e de imoralidade e proceder com justiça; é preciso renunciar à violência e à prepotência e respeitar absolutamente a dignidade dos nossos irmãos. O Evangelho avisa-nos, ainda, que o cristão é “baptizado no Espírito”, recebe de Deus vida nova e tem de viver de acordo com essa dinâmica. 

A primeira leitura sugere que, no início, no meio e no fim desse “caminho de conversão”, espera-nos o Deus que nos ama. O seu amor não só perdoa as nossas faltas, mas provoca a conversão, transforma-nos e renova-nos. Daí o convite à alegria: Deus está no meio de nós, ama-nos e, apesar de tudo, insiste em fazer caminho connosco.

A segunda leitura insiste nas atitudes correctas que devem marcar a vida de todos os que querem acolher o Senhor: alegria, bondade, oração.


(http://www.ecclesia.pt/cgi-bin/comentario.pl?id=409)

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Desafio para o ADVENTO

A Fábula do Porco-espinho

Durante a era glacial, muitos animais morriam por causa do frio. Os porcos-espinhos, percebendo a situação, resolveram juntar-se em grupos, assim agasalhavam-se e protegiam-se mutuamente, mas os espinhos de cada um feriam os companheiros mais próximos, justamente os que ofereciam mais calor.

Por isso decidiram afastar-se uns dos outros e voltaram a morrer congekados, então precisavam fazer uma escolha:
Ou desapareciam da Terra ou aceitavam os espinhos dos companheiros.


Com sabedoria, decidiram voltar a ficar juntos.
Aprenderam assim a conviver com as pequenas feridas que a relação com uma pessoa muito próxima podia causar, já que o mais importante era o calor do outro.
E assim sobreviveram.



Moral da História

O melhor do relacionamento não é aquele que une pessoas perfeitas, mas aquele onde cada um aprende a conviver com os defeitos do outro, e admirar as suas qualidades.

  

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Consoada de Natal

Olá a todos,

Relembro que a TRADICIONAL CONSOADA DE NATAL organizada pelo GJEM vai-se realizar no dia 18 de Dezembro às 20 horas na Casa de Santa Maria (data escolhida com 68% dos votos).

Mais informo que este ano a confecção do jantar estará ao encargo dos rapazes, como tal, os mesmo devem estar presentes mais cedo.

- Cozinheiros – Rapazes – 18h00
- Outras tarefas domésticas – Raparigas – 18h30

- Depois do jantar estar pronto – Janta-se – “20h00”
- Depois de jantar – troca de prendas
- Depois das prendas estarem trocadas – há variedades

Devido à necessidade de comprar os alimentos, a inscrição é obrigatória e deve ser realizada no máximo até ao dia 16 de Dezembro, para o contacto gjem.abrantes@gmail.com ou para qualquer um dos membros responsáveis ou na missa do próximo sábado.

Para a tradicional troca de presentes, cada um deverá levar uma lembrança até ao valor máximo de 2.5 €.

Contamos com a presença de todos,
Saudações,
GJEM

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

IMACULADA CONCEIÇÃO DA VIRGEM SANTA MARIA - 8 de Dezembro


Mais do que qualquer outro tempo do Ano Litúrgico, o Advento é tempo de Maria, pois é nele que A vemos em mais íntima relação com o Seu filho, ao Qual está unida «por vínculo estreito e indissolúvel» (LG. 53).
Se o Senhor veio ao meio dos homens, se Ele vem ainda, é por meio de Maria. N’Ela se cumpre, na verdade, o mistério do Advento.
Embora, na sua origem e no seu princípio, a Solenidade da Imaculada Conceição, que vem do século XI, não nos apareça em ligação com o Advento, contudo ela é uma verdadeira festa do Advento. Ela é a aurora que precede, anuncia e traz em si o Dia novo, que está para surgir no Natal.
Enaltecendo a Virgem Maria, esta Solenidade, em vez de nos desviar do Mistério de Cristo, leva-nos, pelo contrário, a exaltar a obra da Redenção, ao apresentar-nos Aquela que foi a primeira a beneficiar dos seus frutos, tornando-se a imagem e o modelo segundo o qual Deus quer refazer o rosto da Humanidade, desfigurado pelo pecado.
Assim como na aurora se projecta a luz do sol, de cujos raios ela tira a vida, assim em Maria Imaculada se reflecte o poder do Salvador que está para vir: a Seus méritos Ela deve, com efeito, o ter sido «remida de modo mais sublime» (LG. 53).
Festa de Advento, a Solenidade da Imaculada Conceição constitui uma bela preparação para o Natal.

Na Solenidade da Imaculada Conceição somos convidados a equacionar o tipo de resposta que damos aos desafios de Deus. Ao propor-nos o exemplo de Maria de Nazaré, a liturgia convida-nos a acolher, com um coração aberto e disponível, os planos de Deus para nós e para o mundo.
A segunda leitura garante-nos que Deus tem um projecto de vida plena, verdadeira e total para cada homem e para cada mulher – um projecto que desde sempre esteve na mente do próprio Deus. Esse projecto, apresentado aos homens através de Jesus Cristo, exige de cada um de nós uma resposta decidida, total e sem subterfúgios.
A primeira leitura mostra (recorrendo à história mítica de Adão e Eva) o que acontece quando rejeitamos as propostas de Deus e preferimos caminhos de egoísmo, de orgulho e de auto-suficiência… Viver à margem de Deus leva, inevitavelmente, a trilhar caminhos de sofrimento, de destruição, de infelicidade e de morte.
O Evangelho apresenta a resposta de Maria ao plano de Deus. Ao contrário de Adão e Eva, Maria rejeitou o orgulho, o egoísmo e a auto-suficiência e preferiu conformar a sua vida, de forma total e radical, com os planos de Deus. Do seu “sim” total, resultou salvação e vida plena para ela e para o mundo.


(http://www.portal.ecclesia.pt/)
(http://www.dehonianos.org)

domingo, 6 de dezembro de 2009

A Caminho do NATAL - 2º Domingo do Advento

Preparar-se

Um grupo de monges precisava de transferir uma estátua de barro para um novo local. Quando o guindaste começou a suspender essa figura, o seu peso era tanto que começou a rachar. E como se não bastasse, começou a chover também. Resolveram suspender a operação e cobri-la para não se molhar. Mais tarde, um monge foi ver se a imagem continuava seca. Conforme a luz incidiu na ranhura, notou um pequeno brilho e achou estranho. Pareceu-lhe haver algo sob o barro. Com um cinzel retirou parte do barro e o brilho tornou-se mais forte. Continuou a retirar o barro e deparou com uma estátua de ouro maciço.

Os historiadores descobriram então que anos antes os monges cobriram a preciosa figura com uma camada de barro para evitar que o tesouro fosse roubado.
Somos todos como esta imagem de barro, recobertos por uma resistência criada pelo medo e egoísmo e, afinal, dentro de cada um há algo de ouro, um Cristo de ouro, ou uma essência pura.

Preparai o caminho do Senhor, gritava João Baptista. Deus fez-se homem para chegar até nós, o seu caminho foi o homem. É preciso retirar tudo o que está a mais para descobrir essa condição dentro de nós. Afinal, todos precisamos de limpar a nossa estátua para descobrir aí a imagem e semelhança de Deus.


Pe José David Quintal Vieira, scj
(http://www.dehonianos.org)

ADVENTO - 2º Domingo

2º DOMINGO DO TEMPO DO ADVENTO
(Ano C)
6 de Dezembro de 2009


Podemos situar o tema deste domingo à volta da missão profética. Ela é um apelo à conversão, à renovação, no sentido de eliminar todos os obstáculos que impedem a chegada do Senhor ao nosso mundo e ao coração dos homens. Esta missão é uma exigência que é feita a todos os baptizados, chamados – neste tempo em especial – a dar testemunho da salvação/libertação que Jesus Cristo veio trazer.

O Evangelho apresenta-nos o profeta João Baptista, que convida os homens a uma transformação total quanto à forma de pensar e de agir, quanto aos valores e às prioridades da vida. Para que Jesus possa caminhar ao encontro de cada homem e apresentar-lhe uma proposta de salvação, é necessário que os corações estejam livres e disponíveis para acolher a Boa Nova do Reino. É esta missão profética que Deus continua, hoje, a confiar-nos.

A primeira leitura sugere que este “caminho” de conversão é um verdadeiro êxodo da terra da escravidão para a terra da felicidade e da liberdade. Durante o percurso, somos convidados a despir-nos de todas as cadeias que nos impedem de acolher a proposta libertadora que Deus nos faz. A leitura convida-nos, ainda, a viver este tempo numa serena alegria, confiantes no Deus que não desiste de nos apresentar uma proposta de salvação, apesar dos nossos erros e dificuldades.

A segunda leitura chama a atenção para o facto de a comunidade se dever preocupar com o anúncio profético e dever manifestar, em concreto, a sua solidariedade para com todos aqueles que fazem sua a causa do Evangelho. Sugere, também, que a comunidade deve dar um verdadeiro testemunho de caridade, banindo as divisões e os conflitos: só assim ela dará testemunho do Senhor que vem.

(http://www.ecclesia.pt/cgi-bin/comentario.pl?id=406)

ADVENTO - 1º Domingo

1º DOMINGO DO TEMPO DO ADVENTO
(ANO C)
29 de Novembro de 2009



Neste 1º Domingo do Tempo do Advento, a Palavra de Deus apresenta-nos uma primeira abordagem à “vinda” do Senhor.
Na primeira leitura, pela boca do profeta Jeremias, o Deus da aliança anuncia que é fiel às suas promessas e vai enviar ao seu Povo um “rebento” da família de David. A sua missão será concretizar esse mundo sonhado de justiça e de paz: fecundidade, bem-estar, vida em abundância, serão os frutos da acção do Messias.
O Evangelho apresenta-nos Jesus, o Messias filho de David, a anunciar a todos os que se sentem prisioneiros: “alegrai-vos, a vossa libertação está próxima. O mundo velho a que estais presos vai cair e, em seu lugar, vai nascer um mundo novo, onde conhecereis a liberdade e a vida em plenitude. Estai atentos, a fim de acolherdes o Filho do Homem que vos traz o projecto desse mundo novo”. É preciso, no entanto, reconhecê-l’O, saber identificar os seus apelos e ter a coragem de construir, com Ele, a justiça e a paz.
A segunda leitura convida-nos a não nos instalarmos na mediocridade e no comodismo, mas a esperar numa atitude activa a vinda do Senhor. É fundamental, nessa atitude, a vivência do amor: é ele o centro do nosso testemunho pessoal, comunitário, eclesial.

(http://www.ecclesia.pt/cgi-bin/comentario.pl?id=405)

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

ADVENTO - A Esperança que não morre

No passado dia 22 de Novembro celebramos a Festa de Cristo Rei do Universo. O reinado de Jesus não é deste mundo. Em Jesus Cristo somos chamados ao reinado da vida em Deus, que culmina com a ressurreição.



No domingo dia 29 de Novembro iniciamos na liturgia católica o tempo do Advento. Como a própria palavra latina nos sugere; tempo de espera por aquilo que há-de vir. Nesse sentido os dois primeiros domingos falam da nossa espera para o verdadeiro nascimento de Deus.

Nesse sentido todos os homens e mulheres celebram o grande advento da sua vida. É a espera do nascimento na plenitude de Deus. Esta é a razão do viver cristão na busca de construir um mundo melhor, com mais paz, amor, fraternidade e solidariedade.

Nos outros dois domingos celebramos na liturgia a espera do memorial do nascimento de Jesus na gruta de Belém. A encarnação de Jesus foi uma só. Na liturgia queremos trazer como memorial-lembrança do nascimento de Jesus e actualiza-lo para o hoje da nossa vida.

O que celebramos no Natal é a memória do nascimento de Jesus na encarnação de Deus no meio de nós: "E o Verbo fez-se carne e habitou entre nós".

PAZ e BEM!
Frei André Becker
(retirado e adaptado de http://valongo.zip.net/images/advento_fei_andre.jpg)


RECOLECÇÃO DE ADVENTO - DIA 12 de DEZEMBRO

Olá a todos,

Relembramos, que este ano o Grupo de Jovens, está a organizar uma Recolecção de Advento, trata-se de uma reunião do Grupo, que se realizará no Sábado dia 12 de Dezembro, e será orientada pelo Pe Nuno Folgado.


O tema será “A caminho do Natal com as personagens do ADVENTO”, temos a certeza que será um dia de aprofundamento da fé, e também de convívio.

Pretende-se que esta reunião nos ajude na preparação para o NATAL, terá várias dinâmicas diferentes ao longo do dia,  por isso será uma reunião que terá início às 9h30 e terminará às 20h00 (depois da missa).

Para que não haja quebras de ritmo optou-se por almoçarmos na casa de Santa Maria, o almoço são 7€, mas o Grupo comparticipa com 2€, cada pessoa terá de pagar 5€, é também uma forma de fazermos comunhão.

As inscrições são obrigatórias até dia 8 de Dezemnro, pelo facto de termos de informar a Casa do nº de refeições a preparar.
(Contacto por mail: gjem.abrantes@gmail.com, ou de algum membro responsável, ou então na missa do próximo sábado)

Contamos com todos!!!

Saudações,
GJEM

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

CONTACTOS


Grupo de Jovens Estrela da Manhã
Casa da Esperança
Rua Actor Taborda
2200-372 Abrantes

Mail: gjem.abrantes@gmail.com

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

HISTÓRIA E IDENTIDADE

O Grupo de Jovens Estrela da Manhã, é um grupo de jovens católico da paróquia de S. Vicente - Abrantes, que nasceu em 1996, no seio de um grupo de 12 rapazes e raparigas que se juntavam, para conviver, para falar de Deus com base no aprofundamento da Sua Palavra, para rezar e cantar.

O nome Estrela da Manhã, nasce essencialmente do Amor e Afecto que o Grupo sente por MARIA, ela própria também chamada de Estrela da Manhã, foi, e É o nosso maior exemplo de Fé, Coragem e Amor.

O nome Estrela da Manhã também foi escolhido, por nos trazer ao pensamento situações e sentimentos tais como, Luz Brilhante, que marca o caminho e é presença, é farol, é sinal do amanhecer e despertar, de juventude e vigor, de alegria e frescura, de Ressurreição de JESUS CRISTO.

Ao longo destes anos já passaram, de forma marcante, pelo Grupo, cerca de 100 jovens que apesar das exigências dos estudos e carreiras profissionais, a maior parte ainda está ligada ao Grupo e vão participando nas actividades conforme lhes é possível.

A Espiritualidade do Grupo de Jovens Estrela da Manhã, tem como pilar principal JESUS CRISTO a Sua Vida e Sua Palavra, ao qual queremos seguir, guiados pela mão de MARIA, inspirados na Sua Fé, Coragem e Amor, e pela mão de São Francisco de Assis, inspirados na Sua Persistência, Força e Amor pela natureza.

Na comunidade, colaboramos em alguns serviços, e animamos a Missa de Sábado às 19:00, na Igreja de São Vicente, em Abrantes.
 
  

terça-feira, 27 de outubro de 2009

ACTIVIDADES DO GJEM

Mês de Fevereiro de 2010




26 de Fevereiro de 2010 (Sexta-Feira)
Evento: Reunião do GJEM
Local: Sala do GJEM, casa da Esperança, Abrantes
Horário: 21:15 - 23:00
Tema: Grupo de Oração
Orientação: Filipe

27 de Fevereiro de 2010 (Sábado)
Evento: Animação da Eucaristia (2º Domingo da Quaresma - Ano C)
Local: Igreja de São Vicente - Abrantes
Horário:
18:15 - Ensaio
19:00 - Eucaristia

Mês de Março de 2010

5, 6 e 7 de Março de 2010 (Sexta-Feira, Sábado e Domingo)
Evento: Retiro Quaresmal
Local:Vila de Rei
Horário: Desde de Sexta-Feira após o jantar até Domingo após almoço
Organização: Pe. Nuno Folgado
Observações: a inserir brevemente